Feira de Santana

Professores carregam o 'caixão da educação' durante os protestos em Feira

A diretora da APLB falou ainda sobre o corte no ponto dos professores que participaram da última greve da categoria.

Laiane Cruz

Assim como outras categorias, os professores das redes municipal e estadual de Feira de Santana saíram às ruas na manhã desta sexta-feira (28) para protestar contra as reformas trabalhistas propostas pelo governo. A categoria seu reuniu em frente à prefeitura municipal e levou um caixão com a faixa ‘Educação’, representando a morte do setor.

“Estamos aqui com o caixão da educação pelas escolas que têm estagiário, que tem contratado, com terceirizado, que não tem merenda, que não tem plano de carreira, que o governo ainda não deu reajuste”, afirmou Marlede Oliveira, diretora da APLB, sindicato que representa os professores.

Ela informou que a greve tem por objetivo dizer ao governo Temer que os trabalhadores não aceitam as reformas. “Querem hoje é o golpe contra a classe dos trabalhadores. A reforma trabalhista que vai ser implantada no Brasil é a reforma da escravidão. Esse governo quer jogar os trabalhadores de volta na senzala. Querem tirar todos os direitos, só faltam dizer que vamos trabalhar de graça.”

A sindicalista declarou que os trabalhadores tiveram anos de luta, com muitas mortes, para conquistar direitos por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Agora a burguesia, a classe empresarial diz que está muito avançada e quer tirar direitos. O mais grave é a Reforma da Previdência porque vai tirar os direitos dos aposentados. Nossos filhos e netos vão contribuir, mas não vão se aposentar”.

Corte nos salários

A diretora da APLB falou ainda sobre o corte no ponto dos professores que participaram da última greve da categoria.

“O prefeito de forma perversa não cortou o salário na greve, negociamos e agora ele deu um golpe. Mas a gente vai reagir, porque a rede municipal de ensino não irá repor aula sem a devolução do salário. Então o ano letivo em Feira está em jogo e, se não acontecer, a responsabilidade é do prefeito. Essa semana estamos com tudo preparado para irmos ao Ministério Público, porque não terá reposição de aula sem a devolução do salário. Então esse caixão é a morte da educação nesse país, nessa cidade”, disparou.

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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