Celebrando o Dia de Santo Antônio nesta quinta-feira (13), centenas de fiéis participaram da tradicional Procissão e Missa em celebração ao santo patrono dos viajantes, dos pedreiros, do casamento e dos humildes.
Por volta das 19h, a procissão saiu do Santuário Santo Antônio, na Avenida Presidente Dutra em Feira de Santana pelas ruas do bairro Capuchinhos, como forma de devoção e demonstração de fé dos devotos.
Após a procissão, uma missa presidida por Dom José Ruy marcou o encerramento do trezenário e dos festejos a Santo Antônio. O Acorda Cidade acompanhou o evento e conversou com fiéis e celebrantes sobre o período de adoração e louvor ao santo.
Maria Janete é devota de Santo Antônio e participou da procissão. Para ela, o Dia de Santo Antônio é uma data de renovação da fé.
“A procissão significa para mim pagar, agradecer o que a gente passa, o que a gente pede, o que recebe. É um momento maravilhoso, já nasci devota e todos os anos eu acompanho o trezenário, me dá mais força, mais fé”, disse.
O professor aposentado Ubiracy Mascarenhas celebrou o Dia de Santo Antônio com muita alegria e devoção. Segundo ele, presenciar a comunidade que louva ao santo é um momento de reconhecimento e fé.
“É um momento ímpar que a gente vê a participação em massa do povo de Feira de Santana em devoção a Santo Antônio. Não perco a procissão e nem as trezenas que foram realizadas”.
O Frei Liomar Pereira, Pároco Reitor do Santuário Santo Antônio, enfatizou, ao Acorda Cidade, a importância da devoção a Santo Antônio como modelo de serviço e amor à Deus.
“Vale lembrar que ele é franciscano, então é um ilustre Confrade da Ordem Franciscana, bebe da herança, da espiritualidade de São Francisco de Assis, nosso pai seráfico e dessa experiência ele nos ensina a termos as mesmas virtudes, nos ensina que assim como ele podemos ter essa intimidade estupenda com o nosso Senhor Jesus Cristo, como pão da palavra e o pão da eucaristia. A procissão é sempre uma procissão de fé, é lembrando aos nossos paroquianos que este homem, Santo Antônio é um referencial, uma seta, que não atrai para si, mas nos conduz uma experiência ao único e exclusivo Salvador, Jesus Cristo”.
Frei Liomar Ferreira também aproveitou para fazer uma avaliação sobre os festejos realizados no Santuário que marcaram o trezenário de Santo Antônio, como a Festa dos Romeiros, celebrada no último domingo (9) em Feira de Santana que reuniu 90 caravanas com devotos e fiéis de diversos municípios da Bahia.
“A nossa avaliação é de gratidão à Deus. Foram mais de 90 romarias, estava prevista 85 e nós fomos surpreendidos com mais de 90 romarias das mais diversas cidades do entorno de Feira de Santana. O coração do pastor, do pároco, do reitor é de gratidão por esta memorável solenidade que foi esse Jubileu em que estamos completando 60 anos de criação da nossa paróquia e fechando com chave de ouro o nosso Arcebispo Dom Zanoni, ouvindo o apelo de Feira de Santana que já aclamava há décadas de que aqui seria um santuário, concretizando a profecia de Dom Jackson que quando esteve na paróquia profetizou que aqui seria um santuário dedicado a Santo Antônio”, frisou.
O prefeito Colbert Martins também acompanhou a procissão e missa em celebração ao Dia de Santo Antônio e relembrou a trajetória dos Frades Capuchinhos na evangelização e criação da paróquia que, recentemente, foi elevada à categoria de Santuário Arquidiocesano.
“Há quase 70 anos os Capuchinhos chegaram em Feira de Santana e é um produto forte da evangelização, de uma igreja que começou em uma garagem. Era muito longe do centro, muito distante, mas eles perseveraram, criaram o seminário e na sequência, em 1957 a igreja começou a ser construída e hoje é um bairro inteiro, tem a Rádio Sociedade, um grande grupo de colégios, daqui a pouco terá uma construção muito importante onde era o Ecassa e os Freis já me disseram que pretendem fazer um grande centro social e estamos prontos para trabalhar conjuntamente. Mas, o que vemos aqui é uma grande estrutura feita por Capuchinhos da Itália que aqui vieram e ajudaram a nos evangelizar e devemos ser gratos a eles que lá no princípio começaram e a estes que hoje perseveram nessa caminhada forte de evangelização em Feira de Santana”, comentou.
A reportagem do Acorda Cidade também ouviu o Ministro da Ordem Provincial, Frei Gilson Marinho sobre a elevação da Paróquia ao Santuário e o seu compromisso na evangelização de toda a população.
Conforme o Frei Gilson Marinho, este é o reconhecimento do trabalho dos Frades Capuchinhos na formação de cidadãos nos diferentes campos de atuação que foram também implementados ao longo do tempo, como na educação, comunicação e catequização.
“É o reconhecimento pelo trabalho realizado na evangelização a partir da nossa paróquia. Sabemos que aqui é um grande centro de evangelização, colégio na área da educação, Fundação Santo Antônio na área da comunicação e a paróquia comprometida com a missão da igreja de evangelização. Então, pela participação dos fiéis, pela importância que esse templo tem na cidade de Feira de Santana e região, pelo trabalho realizado pelos Frades ao longo desses 60 anos, é como um reconhecimento dessa missão dos nossos frades de ontem e de hoje. É um comprometimento maior com a evangelização no sentido de acolher os fiéis que aqui acorrem à nossa igreja. Nós tivemos o dia do Romeiro e foi uma coisa fantástico, fiéis de toda região, não somente de Feira vieram para celebrar o seu dia aqui em nosso santuário e precisamos ter uma estrutura para acolher essas pessoas que vêm para a confissão, para a direção espiritual, que vem para a Santa Missa e tudo isso exige mais um esforço, dedicação em acolher os nossos irmãos que vêm participar e os devotos de Santo Antônio”.
O ministro provincial falou ainda sobre a missão dos Frades Capuchinhos tendo como referência Santo Antônio e seus ensinamentos.
“Nossos Frades sempre se preocuparam não somente com a evangelização, como formar um bom cristão, mas também um bom cidadão e isso tendo Santo Antônio como referencial, então Santo Antônio é aquele santo popular que todo quer bem, todo mundo gosta e inclusive a igreja o reconhece como o Santo do mundo inteiro, é o Santo casamenteiro, é o Santo do pão dos pobres, das coisas perdidas, mas para a igreja é também um doutor, a sua teologia é fiel aos ensinamentos de Jesus e isso com certeza atinge todas as camadas sociais, não só a da igreja, mas de toda a sociedade”.
Atualmente, os Frades Capuchinhos estão espalhados por 16 fraternidades entre os estados de Bahia e Sergipe. Frei Gilson finalizou destacando a atuação da província na evangelização.
“Temos 16 fraternidades, 14 aqui na Bahia e 2 em Aracaju. Dessas fraternidades, nós temos agora com Santo Antônio, três santuários sob a nossa administração e temos 94 frades que pertencem a província fora a dimensão da formação inicial que chegam a mais de 110 frades”, concluiu.
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Paróquia Santo Antônio dos Frades Capuchinhos é elevada à categoria de Santuário Arquidiocesano
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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