Feira de Santana

Problemas com a Coelba atrasam funcionamento de fábrica com previsão de gerar 100 empregos em Feira

Segundo Anderson Souza, a geração de empregos na cidade está sendo prejudicada, bem como o funcionamento de novas empresas.

Problemas com a Coelba atrasam funcionamento de fábrica com previsão de gerar 100 empregos em Feira

Proprietário de uma indústria que fabrica canudos biodegradáveis, o empresário Anderson Souza vem enfrentando dificuldades com a Coelba para iniciar as atividades em uma de suas unidades, instalada em Feira de Santana, na BR-116.

De acordo com o empresário, em entrevista ao Acorda Cidade, a empresa surgiu na cidade de Bauru, em São Paulo. E, há aproximadamente dois anos, a unidade de Feira de Santana foi viabilizada, com uma previsão de gerar cerca de 100 empregos diretos, funcionando em tempo integral.

No entanto, a fábrica está impossibilitada de iniciar as atividades, devido à Coelba alegar pendências que, segundo o empresário, já foram sanadas há meses.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Decidi montar esse empreendimento em Feira de Santana, porque a grande parte dos nossos players, que são multinacionais estão lotados em Feira, e o segundo motivo, que eu acredito muito, é fortalecer o regionalismo e em prol disso eu busquei trazer essa indústria para cá”, disse.

O processo para implantação da indústria, segundo ele, segue normas e certificações de qualidade ISO e FSC – Conselho de Manejo Florestal.

“Já adequamos toda área, toda infraestrutura já está pronta. As máquinas já foram compradas da China, já estão no local e agora é basicamente fazer as contratações da equipe e o treinamento para poder fornecer aos clientes”, apontou.

Entrave com a Coelba

O empresário destacou que muitos empresários a nível local e nacional enfrentam problemas com a Coelba.

“Nós demos entrada há, aproximadamente, 10 meses no projeto elétrico e já atendemos os padrões exigidos. E a Coelba simplesmente reprova apontando pendências que a gente já sanou há meses. É como se eles nem olhassem o processo in loco. Tenho uma unidade em São Paulo, esta segunda em Feira de Santana e temos uma terceira unidade que já foi até publicada no Diário Oficial pela Secretaria do Estado da Bahia que vai, entre indiretos e diretos, beneficiar até 600 pessoas, e a Coelba é o principal entrave para o imediato funcionamento da nossa unidade”, revelou.

Anderson Souza acrescentou ao Acorda Cidade que o prazo para liberação de alta tensão é de seis meses, porém esse prazo já venceu.

“Demos entrada há, exatamente, 10 meses e isso impacta na geração de empregos, porque a gente está deixando de funcionar, de contratar equipe, porque não tem como funcionar uma empresa sem energia. A Coelba hoje é o único prestador desse serviço e seria interessante que ela tivesse um pouco mais de atenção, principalmente com esse cunho social que ela presta para a sociedade. Esse não é um problema que aflige somente a minha empresa, são diversas empresas que passam por esse tipo de problema. A gente além de estar pagando pelo serviço que eles vão prestar, a gente vai beneficiar muito a sociedade”, frisou.

Em entrevista, o empresário informou também que já entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, em busca de uma solução.

“A Secretaria está, por meio de um órgão interno, tentando um tipo de intervenção para poder apoiar. E eu estou procurando a mídia para fortalecer esse pedido, para apoiar na solução desse problema”, concluiu.

Durante o fechamento e publicação dessa reportagem, o Acorda Cidade foi informado pelo empresário que a Coelba entrou em contato com ele e informou que houve algumas mudanças internas. O projeto foi direcionado para outro responsável e já foi aprovado.

Sobre solicitação de ligação de energia da empresa Malav Indústria e Comércio, a Neoenergia Coelba informou que está em tratativa com o cliente para viabilizar a energização do empreendimento.

“Todos os projetos elétricos apresentados à distribuidora de energia são avaliados segundo as normas técnicas vigentes da Neoenergia Coelba. Assim, a aprovação de um projeto e efetiva ligação da unidade, apenas são realizadas quando são atendidos os requisitos técnicos e obtém autorização ambiental, emitida pelo órgão competente”, informou em nota.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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