A equipe do Acorda Cidade flagrou, na manhã desta segunda-feira (10), fiscais e coordenadores que trabalharam na Micareta de Feira de Santana, realizada no mês de abril neste ano, na Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer (Secel), a fim de cobrarem o pagamento pelos serviços prestados durante o período festivo.
O valor individual, para cada prestador, seria de R$680 para os fiscais e R$1050 para os coordenadores. Um fiscal, que preferiu não ser identificado, relatou ao Acorda Cidade que o grupo decidiu visitar à Secretaria para cobrar o pagamento já que não houve retorno da empresa terceirizada contratada pela prefeitura.
“Somos pais de família e precisamos receber. Virou uma rotina de palhaçada, se estamos aqui em busca do dinheiro, é porque estamos precisando. Todos os dias é uma desculpa diferente, estamos na expectativa de receber uma mixaria no qual a prefeitura já poderia ter pago há muito tempo. Não sabemos o valor exato, mas a média é R$680 para os fiscais e R$1050 para os coordenadores. É uma coisa que a gente ficou a desejar. Toda sexta-feira vai pagar, e quando chega a sexta, não paga. Viemos atrás da assessoria, nos diz uma coisa, vai em busca da prefeitura, informam que já fez o repasse para a secretaria, vamos até a empresa, falam que não houve o repasse. Fazem a gente de palhaço. Somos pais e mães de família, como uma colega que precisa comprar medicamentos e está passando por dificuldades, estão cientes e não tem data definida”.
Outro prestador de serviço também destacou as principais dificuldades financeiras relatadas pelos profissionais que atuaram na Micareta.
“Não fomos brincar, não fomos nos divertir, fomos trabalhar porque foi preciso. Fica essa enrolação da secretaria com a empresa Confiança. Queremos uma resposta, trabalhamos embaixo de sol e chuva, não recebemos o ticket alimentação, na micareta até sumiram com os tickets, deram apenas uma quentinha de qualquer jeito e isso é um absurdo. A prefeitura terá que pagar de qualquer jeito, então para que enrolar? Vão deixar para pagar no Natal?”, frisou.
Presente na Secretaria de Cultura, o secretário da pasta, Jairo Filho, ouviu os profissionais e aproveitou para explicar o motivo do atraso no pagamento. Ele justificou que manteve contato com a empresa responsável pela contratação dos profissionais e que aguarda uma solução imediata sobre o repasse feito pela prefeitura à empresa.
“Estamos acompanhando toda essa situação, não tiramos a razão das pessoas que estão aqui presentes, essa situação foi conduzida pelo meu chefe de gabinete, Giovani, tanto no início com relação as cadastramento junto a empresa, como também durante todo esse processo. É a primeira vez que estou aqui tendo esse contato direto com as pessoas, no decorrer dos últimos dias eu mantive o contato com a empresa, houve um certo tempo na transferência de informações por parte de Giovani com a empresa e estou cobrando uma posição imediata da empresa para que a gente possa dar uma satisfação as pessoas. A prefeitura está tomando todas as providências para que a situação seja resolvida com urgência”, finalizou.
O Acorda Cidade também registrou outras reclamações referente ao pagamento de fiscais e coordenadores (confira aqui).
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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