Feira de Santana

Presidente do Sindicato dos Rodoviários critica Projeto de Lei aprovado na Câmara Municipal

O prefeito Colbert Martins vetou o projeto, mas o mesmo foi derrubado por uma comissão de vereadores.

Gabriel Gonçalves

Um Projeto de Lei, que proíbe os passageiros de serem transportados em pé nos ônibus urbanos do município de Feira de Santana, foi aprovado na Câmara Municipal. A autoria do projeto é do vereador Pedro Cícero.

No entanto, o prefeito Colbert Martins vetou o projeto, mas o mesmo foi derrubado por uma comissão de vereadores.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, Alberto Nery, explicou que o projeto até poderia ser benéfico para a contratação de novos trabalhadores, mas segundo ele, não há condições, pois só iria trazer transtornos para a sociedade feirense.

"Eu poderia me manifestar até de forma contrária, porque a partir do momento em que existe um Projeto de Lei que determina que as empresas só possam andar com passageiros sentados, isso iria na verdade gerar mais empregos, porque as empresas seriam obrigadas a colocar mais carros na rua para atender a população, mas o projeto não tem consistência. Aqui eu faço uma suposição, suponhamos que o carro saia do final de linha do George Américo, passa pelo primeiro ponto, e ao chegar no segundo ponto, todos os bancos são preenchidos, então a partir do terceiro ponto, esse coletivo não poderá mais pegar passageiros e eles ficarão lá, esperando outra condução", explicou.

Para o presidente, o Projeto de Lei não tem condição de ser praticado e destacou a ideia, como de uma pessoa que não utiliza o transporte público sem saber dos devidos problemas.

"Isso não tem nenhuma sustentabilidade. Esse projeto não tem condições de ser praticado e não irá trazer benefícios à população de Feira de Santana que utiliza o sistema de transporte. Esse projeto vem de uma pessoa que não pega transporte, porque se ele pegasse, iria ver no decorrer do percurso, que existem muitas pessoas que pegam o ônibus, descem em determinadas paradas, então não tem como operacionalizar isso. O veto do prefeito foi bem sucedido, foi válido, quanto à derrubada do veto, isso vai para a esfera judicial e que na verdade, as empresas não irão cumprir, porque não tem como cumprir", concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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