Após o anúncio de que mais de R$ 300 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), devem ser destinados para Feira de Santana, feito pela presidente da APLB Feira, a professora Marlede Oliveira, e de que há um sindicato dialogando com professores da rede municipal para que esta pagamento seja feito através de um banco, o presidente do Sindicatos dos Serviços Públicos, (Sindesp), Hamilton Ramos, rebateu as críticas de Marlede Oliveira, na manhã desta terça-feira (7).
Em entrevista ao Programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News, Hamilton Ramos negou que estivesse auxiliando os professores filiados ao sindicato a receberem os precatórios após a confirmação de que R$300 milhões seriam destinados ao município. Segundo ele, a luta dos profissionais da educação que procuraram o Sindesp já dura cerca de um ano e meio.
“Na verdade, não é de agora que queremos entrar em precatórios. Sinceramente há mais de um ano e meio que os professores vêm me procurar porque nós temos quase 300 professores filiados ao Sindesp, então, nós apresentamos a categoria de professores porque o professor além de tudo é servidor municipal. Servidor vem de servir e o professor é um servidor, assim como as demais categorias. Mas, essa nossa intervenção, essa nossa interferência dos precatórios, é porque ela não é de ninguém, vivemos em um país democrático e atuamos no que a gente acha que deve atuar a pedido dos professores”, disse.
Hamilton Ramos também rebateu algumas falas proferidas pela presidente da APLB, de que o sindicato, por conta própria, estaria tentando “vender” ao banco o valor do Fundo de Manutenção (Fundef), além de que, segundo ele, não há irregularidades por parte da prefeitura de antecipar o pagamento.
“Tudo o que ela [Marlede] falou foram coisas que não são verdadeiras. Por exemplo, ela disse que não temos ata de posse, isso é loucura. Existe ata de posse, eu fui eleito em setembro do ano passado. Outra coisa, não fiz nenhuma proposta para procurar bancos para o prefeito pagar, porque essa proposta eu fiz a pedido dos professores, essa proposta consta em ata registrada que foi apresentada pelo representante do governo Dr. Moura Pinho. Ela tem que entender que estamos tentando ajudar os professores também a receberem o dinheiro dos precatórios. Esse valor que estamos falando é um montante de R$313 milhões e ainda não chegou aos cofres da prefeitura, inclusive o governo do estado adiantou também as parcelas através de um banco. Não há nada errado do governo municipal querer fazer um credenciamento para aquele banco que apresentou o menor percentual de deságio. Recebe quem quer. Não há nada ilegal nessa situação. A proposta saiu do governo municipal”.
Hamilton Ramos finalizou ainda citando que os professores da rede municipal buscam o recebimento dos precatórios através de seus direitos. Ele ainda reforçou que as confusões envolvendo o recebimento do Fundef devem se findar.
“Uma coisa que eu não entendo é porque a APLB cobra nos honorários advocatícios 15%. Imagine se esse dinheiro fosse para pagar deságio? Ninguém sabe quanto os bancos vão cobrar e qual fará a melhor oferta. Então é legal os professores receberem e há muito tempo que eles vêm tentando receber o dinheiro. Não estou tentando atrapalhar a APLB em nada, muito pelo contrário, eu estou tentando ajudar. Os professores só querem receber o dinheiro dos precatórios”, concluiu.
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