Feira de Santana

Presidente do Secofs diz que vai colher provas e acionar a Justiça contra cada comércio aberto na Sexta-feira Santa

Antônio Cedraz relatou que a abertura do comércio no feriado é uma afronta aos comerciários que precisam estar com sua família.

Presidente do Sindicato dos Comerciários
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Nesta quarta-feira (5), o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Feira de Santana (Secofs), Antônio Cedraz, informou ao Acorda Cidade que recebeu a informação da abertura do Comércio e do Shopping na Sexta-feira Santa com surpresa.

“Fomos pegos de surpresa com essa abertura do Comércio, do Shopping e Supermercados em plena Sexta-feira Santa. Também me pegou de surpresa não terem respeitado os acordo coletivos que assinamos, tanto na área do Comércio como também na área de Supermercados. Essa lei municipal foi criada, ao nosso entender, quase que exclusivamente para o período micaretesco, haja vista que o que for negociado em Convenção Coletiva, de acordo com a Lei 13.467/2017, prevalece sobre o legislado, ou seja, a reforma ampara todos os acordos. Tudo que foi acordado pelos sindicatos, prevalece sobre as leis que já existem, neste caso a lei municipal. É tanto que a Sexta-feira Santa já está decretada pelo prefeito que a Lei 815/78 insere a Sexta-feira como um dos feriados municipais de Feira de Santana, então a gente não consegue entender o motivo de abrir o comércio em plena Sexta-feira da Paixão”, indagou.

O presidente do Secofs, relatou que a abertura do Boulevard Shopping não passou pela entidade e nem tampouco pela Convenção Coletiva. Ele se posicionou contra a declaração do presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sincofs), Marco Silva, no sábado (1º), que disse em entrevista ao Acorda Cidade, que uma Lei Municipal (N.º 2.299, de 11 de dezembro de 2001) permite a abertura de shoppings centers e lojas de alimentos com mais de 100 funcionários a terem autonomia sobre o funcionamento aos sábados, domingos e feriados, sem que haja necessidade de negociação entre sindicatos.

Antônio Cedraz destacou também que isso é uma afronta aos comerciários que precisam estar com sua família.

“O comerciante não está respeitando esse dia sagrado para toda a família católica. Eu peço que eles entendam, raciocinem e respeitem a lei. Porque nós vamos estar preparados com a nossa equipe de fiscais, vamos colher provas de toda forma e entrar na justiça contra cada loja que estiver aberta, tanto no Shopping, como no Comércio e nos Supermercados”, assegurou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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