O presidente do Conselho Municipal da Juventude de Feira de Santana, Matheus Pinheiro, divulgou uma nota sobre a violência no município, principalmente entre os jovens. Ele destacou a preocupação com o número alto de vítimas de homicídio na faixa etária de 14 a 25 anos, o que reflete a situação vulnerabilidade enfrentada pela juventude local.
Matheus Pinheiro acredita que a escalada da violência juvenil está diretamente ligada à falta de investimentos em políticas públicas voltadas para segurança e desenvolvimento dos jovens. Apesar da criação de uma frente parlamentar de juventude na Assembleia Legislativa, ele afirmou que as ações adotadas ainda são insuficientes para reverter o cenário atual.
A nota ressalta que, embora o orçamento estadual conte com recursos bilionários, os investimentos não são suficientes para atender às necessidades da juventude. Programas e projetos são anunciados, mas, na prática, não têm sido eficazes em gerar impactos positivos na vida dos jovens.
O presidente do conselho também apontou a ausência de oportunidades e políticas que incentivem o crescimento pessoal e profissional da juventude como fatores que contribuem para o aumento da violência. Ele afirmou que, sem investimentos robustos em áreas como educação, cultura e saúde, muitos jovens acabam sem perspectivas e, consequentemente, vulneráveis a atividades ilícitas.
Leia na íntegra:
A falta de investimento em políticas públicas de juventude e Segurança: um ciclo perigoso
Iniciamos 2025 com uma triste realidade em Feira de Santana: o aumento constante da criminalidade, especialmente entre os jovens. Recentemente, uma criança de apenas 14 anos foi encontrada morta, um triste reflexo de uma situação alarmante que se agrava a cada dia. As mortes de adolescentes entre 14 e 18 anos, assim como de jovens de 19 a 25 anos, estão em ascensão, e essa tragédia é resultado direto da falta de investimento em políticas públicas eficazes de segurança e juventude por parte do estado.
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Apesar da criação de uma frente parlamentar de juventude na Assembleia Legislativa, destinada a debater as demandas e interesses da população jovem, a realidade ainda é desoladora. O orçamento estadual, que soma bilhões, parece não refletir a urgência das necessidades dos jovens. Enquanto programas e projetos são anunciados, os números apresentados frequentemente não se traduzem em melhorias concretas na vida dos jovens. Na prática, as iniciativas são insuficientes e distantes da realidade que muitos enfrentam diariamente.
O que observamos é um ciclo vicioso: a falta de oportunidades, a ausência de políticas que incentivem o desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens e a omissão em relação à segurança pública criam um ambiente propício para a violência.
Sem investimentos significativos em educação, cultura e saúde, muitos jovens se sentem abandonados e sem perspectiva de futuro, levando-os a se envolver em atividades ilícitas como forma de sobrevivência.
A grande questão que fica é: até quando a juventude permanecerá inerte diante dessa realidade? É fundamental que o estado reconheça a importância de investir não apenas em segurança, mas também em políticas públicas que realmente promovam o bem-estar e o desenvolvimento dos jovens. É preciso uma mudança de paradigma, onde os jovens sejam vistos como protagonistas da transformação social, e não apenas como números em estatísticas de violência.
A vida dos jovens não pode continuar sendo ceifada pela falta de atenção do poder público. É hora de ações concretas que garantam um futuro mais seguro e promissor para todos os jovens de Feira de Santana e de todo o Brasil. A sociedade precisa se unir em torno da construção de uma agenda que priorize a juventude, promovendo investimentos que efetivamente transformem a realidade e ofereçam alternativas reais para um futuro melhor.
Matheus Pinheiro
Presidente do conselho municipal da juventude de Feira de Santana
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