Laiane Cruz
Os residenciais do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana estão em situação de abandono, relatou na manhã desta terça-feira (15) a presidente da Associação de Defesa dos Moradores de Residenciais do Minha Casa Minha Vida e Comunidades, Elanny Alves, que usou a tribuna livre da Câmara Municipal para denunciar situações de descaso nesses locais.
De acordo com ela, em entrevista ao Acorda Cidade, diversos problemas são enfrentados pelos moradores dos residenciais do Minha Casa Minha Vida. Dentre eles, existe uma situação que aconteceu em fevereiro desse ano, quando houve um vendaval na região do Aviário e atualmente alguns apartamentos estão molhando, alguns moradores tiveram prejuízos, e de acordo com uma avaliação técnica de um engenheiro, houve um erro na escolha dos telhados utilizados pela construtora.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“A associação tentou um diálogo com o município, além da Caixa Econômica, e a Defesa Civil, sem nenhum sucesso. Mas foi encaminhado um ofício para esses órgãos para que pudessem tentar solucionar esse problema. Temos também o incêndio que aconteceu em dezembro de 2018, no residencial Iguatemi I, que até hoje não foi tomada nenhuma medida e o bloco está abandonado, trazendo perigo para a comunidade e os apartamentos estão desocupados, são vinte apartamentos”, relatou a presidente da Associação.
Segundo Elanny Alves, há dez anos os moradores do Minha Casa Minha Vida não recebem suas correspondências porque as ruas não têm CEP.
“A associação, na tentativa de colaborar com o município, os residenciais que não tinham feito a eleição para os nomes das ruas, nós fizemos isso com a comunidade e entregamos na secretaria de planejamento, mas até hoje não foi solucionado. Temos um problema de iluminação pública, que não se restringe apenas à manutenção, mas em pontos cruciais dos residenciais, por um erro de projeto, não foram implantados postes”, continuou.
Ela informou ainda que as quadras dos residenciais há mais de dez anos não são recuperadas. Falta limpeza pública e animais peçonhentos estão invadindo os imóveis.
“Temos o problema da limpeza pública, e o secretário nos respondeu que foi reduzido o efetivo, mas existe um problema muito sério de animais peçonhentos, que no Aviário aparecem de 15 a 20 animais por dia e precisa sim da intervenção do poder público, porque não tem uma poda, as plantas estão prejudicando o calçamento dos residenciais e está entrando já na tubulação. Então são problemas muitos sérios, e existe a ausência do poder público nessa manutenção”, declarou.
Elanny Alves destacou que os próprios moradores tentam, juntamente com suas lideranças, minimizar as situações e deixar os locais onde moram da melhor forma possível. “Mas existe a responsabilidade do município, a quem cabe algumas situações e que infelizmente não estão sendo honradas”, lamentou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.