A presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilbert Lucas, participou do Programa Acorda Cidade, da Sociedade News FM, na manhã desta quarta-feira (22), e copmpartilhou informações sobre unidades de saúde do município, relacionadas ao atendimento e novos investimentos.
No Hospital Municipal Inácia Pinto dos Santos (HIPS), o Hospital da Mulher, há uma média de 750 partos por mês, demanda considerada alta pela presidente. Segundo ela, só na quarta-feira passada, havia 14 gestantes extra leitos na unidade, que não poderiam ficar sem o atendimento, mesmo com a unidade em reforma.
Segundo Gilbert, as obras do centro cirúrgico já estão em fase de conclusão, chegando a 90% da reforma e ampliação do local, que devem ser entregues na primeira semana de junho. Serão cinco novas salas para ampliar as partes obstetrícia e de cirurgias eletivas de ginecologia.
A reforma do novo centro cirúrgico ainda vai passar por uma segunda etapa. Após a conclusão, o Hospital da Mulher dará seguimento a manutenção da emergência. Segundo Gilbert, as obras e os atendimentos precisam seguir simultaneamente para não prejudicar o serviço à população.
“Eu não posso fazer tudo ao mesmo tempo, se não vira um caos e a gente não tem como ser irresponsável na gestão e não acolher essas gestantes”, disse Gilbert.
Também será entregue no próximo mês o Ambulatório de Saúde da Mulher, que vai permitir o desafogamento do serviço do HIPS com o fornecimento de pré-natal de alto risco, planejamento familiar, climatério e fisioterapia pélvica. Um ambulatório especializado em Endometriose também será implantado.
Na nova estrutura, novos leitos serão abertos para atender gestantes vítimas de violência.
“Tudo isso a gente vai tirar da estrutura do hospital, porque eu vou conseguir ampliar uma enfermaria para mais 12 leitos e a gente vai colocar dois leitos exclusivos para gestantes vítimas de violência. Uma estrutura separada em que a gente também possa acompanhar”.
Com o passar dos anos, o serviço prestado pelo Hospital da Mulher aumentou e muito a capacidade dos atendimentos. De acordo com Gilbert, em 2013 eram cerca de 18 mil gestantes atendidas por ano na emergência. Em 2023, foram mais de 50 mil.
“O que existe hoje é um complexo e o que estamos fazendo é ampliando esse complexo com o Ambulatório de Saúde à Mulher, com o centro cirúrgico vamos aumentar as cirurgias oncológicas e passar para outros procedimentos que a gente também não faz, a exemplo, suspensão de bexiga”, destacou Gilbert para pontuar o grande porte e referência que está se tornando o HIPS.
Hoje, a unidade detém do pronto atendimento (maternidade), ambulatório de pré-natal, berçário, centro obstétrico e cirúrgico, UTI Neonatal, enfermarias, laboratórios, sala de radiologia, necrotério, banco de leite humano, serviços de nutrição e dietética, além de oferecer programas reconhecidos nacionalmente como o Mãe Canguru, com 14 leitos. Além disso, Feira e as cidades circunvizinhas podem contar com a Casa da Puérpera, com 16 leitos.
“A maioria desses municípios não tem maternidade e não tem um hospital que possa fazer essa referência. Um parto normal pode complicar e virar uma cesárea, então naquela condição de hospital, não há uma estrutura mínima para fazer o atendimento, então os profissionais se sentem mais seguros de colocar a paciente na ambulância e encaminhar para a maternidade para fazer esse procedimento”, destacou Gilbert pontuando a grande demanda de gestante que vem do interior e cidades circunvizinhas.
Outra unidade de referência que faz parte da Fundação Hospitalar de Feira é o CMDI (Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem Dr. Eugênio Laurine), que completou este ano 21 anos de atendimento.
São serviços de mamografias, ultrassonografias, raio-x, ecocardiogramas, eletrocardiogramas, punções mamárias, biópsias, consultas com mastologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço, além de densitometrias ósseas que somaram no ano passado mais de 100 mil exames. Somente neste ano, de janeiro a fevereiro, foram 16 mil.
Segundo Gilbert, o novo CMDI já está quase pronto, vistoriado, com novos equipamentos comprados e a estrutura montada. A única pendência que resta é a instalação do elevador no local. Ainda não há uma data para ser entregue justamente por conta desta pendência.
Em conjunto com o HIPS e o CMDI, a fundação gere outras unidades de referência no município, como o Hospital da Criança Dr. José Eduacy Lins e o CMPC, Centro Municipal de Prevenção do Câncer Romilda Maltez.
Campanhas
A presidente ressaltou campanhas realizadas pelas unidades que têm beneficiado a população, como a ampliação dos atendimentos aos sábados. Semana passada, dia 18, foram cerca de 200 atendimentos entre às 7h até às 13h.
“A gente vem levantando aqueles exames que tem uma demanda reprimida na central de regulação municipal, como ultrassom transvaginal, e abre aos sábados para atender essa demanda”, explicou.
No próximo dia 8 de junho vai haver mais um Mutirão de Pediatria, com cerca de 400 vagas disponíveis no Ambulatório do Hospital da Mulher.
Ouça a entrevista completa:
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