Neste domingo (11), é celebrado nacionalmente, desde 2001, o Dia das Apaes. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Feira de Santana, é uma Entidade Filantrópica, sem fins lucrativos, que há 36 anos possui a missão de promover e articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação, prestação de serviços em saúde, educacional e de apoio às pessoas com algum tipo de deficiência e as suas famílias.
Edna Maria Amorim de Queiroz, presidenta da Apae Feira de Santana disse ao Acorda Cidade que o principal objetivo da Apae é levar o atendimento para as pessoas com deficiência, a fim de garantir mais inclusão na sociedade.
“Queremos que as famílias não se vejam em casa com os seus filhos especiais sem um atendimento. A Apae oferece todo o atendimento e acompanhamento com profissionais e equipamentos”, explanou.
Núcleos
Edna descreveu que além da Apae sede, que se localiza na rua Ipira, no Centro, a instituição possui outros núcleos.
“Hoje nós contamos com o Núcleo Especializado para Pessoas com Espectro do Autismo (NEPEA), no Jardim Cruzeiro, contamos com um Centro Especializado em Prevenção e Reabilitação (Cepre) que está com o serviço de concessão de cadeiras de rodas, cadeiras de banho, órteses, próteses, localizado na Santa Mônica, e temos também o Conviver”, elencou.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidenta da Apae contou que a instituição possui um conjunto de serviços e profisisonais de excelência.
“Trabalhamos com todas as áreas. Nós temos psicólogos, neuropediatras, fisioterapeutas, psicopedagogos, nutricionistas, psiquiatra, educador físico, fonoaudiólogos”, pontuou Edna.
A Apae depende de doações para manter o funcionamento dos seus serviços.
“Estamos sempre batendo de porta em porta à procura de ajuda. Porque quanto mais cresce, mais temos gente na porta. Nós temos uma fila muito grande de pessoas com deficiência querendo entrar à procura de uma vaga. E é muito triste quando nós dizemos que não tem vaga, por falta de profissionais”, esclareceu.
Doação de próteses, órteses, cadeiras de rodas
Edna relatou ao Acorda Cidade que a Apae também ajuda pessoas que necessitam de algum equipamento para mobilidade.
“Se a pessoa é amputada, se ela necessita de uma cadeira de rodas ou de uma prótese, o que ela precisar, a Apae oferece em parceria com o Misnitério da Saúde. Quem precisa de algum tipo de prótese, órtese ou cadeira de rodas pode entrar em contato com a Apae ou com o Cepre, que é onde tem a concessão, lá nós temos profissionais capacitados para lidar com todo o público,” orientou.
Como ser um beneficiado
A Apae possui cerca de 2.500 atendimentos mensais na parte ambulatorial por meio do Sistema Único de Saúde (Sus).
“Toda pessoa com deficiência seja intelectual, múltipla, autistas, microcefálicos, todos são atendido pela Apae. Para os pacientes com deficiência serem nossos beneficiados eles podem vir por meio da regulação da Secretaria, ou podem vir aqui na Apae, onde nós também marcamos, mas é difícil, porque a fila é grande e infelizmente temos muitos atendimentos. Temos uma maior vontade de atender a todos, mas não é fácil. Eu tenho um filho especial com 34 anos, totalmente dependente, eu sei o que cada mãe passa em seu lar. Temos muitos pais presentes, mas são poucos. Por isso, apelo aos pais que deem um maior conforto para sua esposa e seu filho, porque essa criança precisa do apoio dos dois,” destacou.
Apoio Pedagógico
A Apae possui mais de 400 alunos associados ao apoio pedagógico que a instituição oferece.
“As crianças passam um turno na Apae com atendimento em sala. Nós temos artesanato, confeitaria, musicoterapia, nós oferecemos tudo. Agora eles estão com uma oficina de arte. Nesse momento nossos meninos estão participando de uma Olímpiada Nacional das Apaes, em Aracaju, e estamos acompanhando as medalhas que estão chegando,” revelou.
Quem entra na Apae se apaixona, ressaltou Edna Amorim.
“Nós precisamos só que as pessoas nos ajudem mais e que tenham um olhar diferenciado para essas pessoas especiais que só querem uma chance na vida,” apontou.
Ana Cristina Lima Ferreira, 43 anos, moradora do George Américo, contou que seu filho Joanderson Lima Ferreira, de 21 anos, é assistido pela APAE há mais de 13 anos.
“Meu filho antigamente era muito agitado, não ficava nas escolas. E quando viemos para cá, nunca mais saímos,” contou.
Acolhimento
Ana Cristina relatou ao Acorda Cidade que já tinha ouvido falar sobre a Apae, mas nunca imaginou que um dia seu filho seria acolhido pela instituição.
“Eu tinha amigas que os filhos frequentavam aqui, mas comecei a conhecer melhor quando passei a frequentar. O atendimento é muito bom, os meninos são bem assistidos, o tratamento é bom, as crianças interagem com outras,” pontuou a mãe de Joanderson.
Apesar do filho de Ana Cristina não falar, ele anda e consegue executar atividades, conforme comentou a mãe.
“Ele faz as coisas em casa certinho, come sozinho, toma banho só, faz as atividades sozinho,” disse.
A mãe destacou que os serviços da instituição têm melhorado muito a vida do seu filho.
“Teve a pandemia, eles ficaram em casa e foi muito difícil para eles, porque os alunos ficam muito agitados sem ir a escola, para eles é muito ruim. Quando eles puderam voltar foi bom, porque saíram de casa, viram os colegas, professores e todo o pessoal da instituição. Por isso que é importante que a Apae seja ajudada,” ressaltou Ana.
Campanha Natal da Esperanaça APAE
A Campanha Natal da Esperanaça promove a esperança na saúde dos assistidos e de novas pessoas que aguardam na fila de espera.
Segundo a presidenta da Associação, Edna Amorim, a doação de qualquer valor pode ser feitas por meio da chave Pix | CNPJ: 13.609.771/001/22.
“Quem preferir pode entrar em contato por meio do telefone 3321-7300 ou WhatsApp: 99123-5804. Outra forma prática que nos ajuda bastante é por meio do Apae Energia, é possível fazer a doação, mediante autorização de débito, direto da conta de energia, basta ligar gratuitamente para o 0800 722 2723, essa doação chega de uma forma bem prática e segura para todos nós,” concluiu Edna.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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