Feira de Santana

Prefeitura manda demolir marquises de lojas da Avenida João Durval

A ação teve como base a Lei 3473, que trata da instalação de marquises e toldos na frente de lojas.

Laiane Cruz

As marquises de alguns estabelecimentos localizados na Avenida João Durval, em frente à feirinha da Estação Nova, foram demolidas pela prefeitura, na manhã desta quarta-feira (25). A ação foi coordenada pela Secretaria de Planejamento e Obras do município, com o apoio da Guarda Municipal, com base na Lei 3.473, que trata da instalação de marquises e toldos na frente de lojas.

Segundo os comerciantes, a alegação da prefeitura é que as estruturas avançaram o passeio, impedindo a circulação dos pedestres, e que as medidas adotadas também fazem parte do reordenamento da avenida, onde em breve irá circular o BRT.

Leia também: Demolição de marquises de lojas da Avenida João Durval foi determinação judicial

Indignado com a situação, o proprietário de uma loja de motos, Adriano, afirmou que, quando o BRT for inaugurado, as lojas ficarão prejudicadas e a avenida irá se tornar um deserto.

“As lojas não vão mais ter como funcionar aqui, começando da Praça Ana Brandoa até chegar no cruzamento da Avenida Iguatemi, porque os comerciantes não vão ter como receber e vender mercadorias, pois os clientes não vão ter como parar em frente ao comércio pra retirar a mercadoria que comprou. Então quando o BRT começar a funcionar a avenida vai virar um deserto”, disse o comerciante.

Sobre o avanço do passeio, Adriano justificou que está no local há 17 anos e o limite dele sempre foi esse, de quatro metros do passeio, mas que agora a prefeitura quer que ele recue dois metros. “Havia uma cobertura com telhados e foi substituída por uma marquise, quando fui notificado há 30 dias. Eu recebi um embargo da obra, mas não recebi notificação de demolição”, contou.

 

Outro comerciante de motos, Dineanderson Lima Cardoso, que também possui o estabelecimeno no local há 17 anos, disse que fez uma cobertura na frente da loja para as motos e que não avançou o passeio. “Tinha uma cobertura por causa do sol e chegaram aqui e derrubaram. Eu colocava as motos embaixo. Derrubaram a cobertura toda feita de madeira e telhas de eternite”.

A proprietária de uma floricultura, Maria do Carmo, informou que foi notificada e recebeu um prazo de 15 dias para retirar a estrutura de ferro e lona que tinha feito na frente da loja. “O serralheiro só ia fazer no dia 30. A prefeitura está pedindo pra gente recuar dois metros, pois vai usar o passeio pra os pedestres. Pela lei não está avançado, mas como a prefeitura está pedindo eu vou obedecer”.
 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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