Prefeitura intensifica vacinação de animais após confirmação de caso de raiva em morcego

No último dia 24 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana confirmou um caso de raiva em um morcego, após a análise das amostras feitas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen).

Segundo a médica veterinária e coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Mirza Cordeiro, das cinco amostras enviadas para o Lacen, apenas uma foi confirmada, sendo que o último caso de raiva em cães e gatos foi registrado no ano de 2017.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Mirza Cordeiro informou que buscas ativas estão sendo realizadas no bairro Caseb, como forma de encontrar animais que ainda não estejam vacinados contra a doença.

“Nós já tomamos as providências adequadas, o animal da casa já estava vacinado, mesmo assim, ele tomou uma dose de reforço. Estamos fazendo buscas ativas em busca de animais que não foram vacinados no bairro Caseb. Enviamos novas amostras para o Lacen, e todas deram negativo. O papel do Centro de Zoonoses é este, estamos fazendo estas buscas para que as pessoas não se preocupem, pois o morcego tem o hábito noturno, então anormal é encontrar estes animais mortos no chão, e caso encontrem, é necessário entrar em contato com o Centro, pois iremos fazer o recolhimento deste animal”, afirmou.

Segundo Mirza Cordeiro, as pessoas não devem manipular nenhum animal, pois existe o risco do contato através da saliva, contaminar o ser humano.

“O primeiro passo é não manipular o animal, pois a transmissão da raiva é através da saliva, então a pessoa não deve tocar sem nenhum tipo de proteção, e principalmente sem ter a habilidade. No caso dos morcegos por exemplo, nós não fazemos o desalojamento, ou seja, se estiver em um forro, em árvores, o que nós fazemos são orientações técnicas”, afirmou.

Quando uma pessoa for mordida por um animal, o que deve ser feito?

Ao Acorda Cidade, a coordenadora do CCZ informou que esta pessoa deve buscar atendimento médico o mais rápido possível.

“Quando ocorrer um processo de mordedura, por exemplo, a pessoa passou na rua e foi mordida por um cão desconhecido, nós temos uma rede de saúde no CSE, próximo do antigo Feira Tênis Clube, então esta pessoa deve passar pelo médico de referência. Caso este animal que mordeu, morra dentro de 10 dias, este animal deve ser encaminhado para o Centro de Controle e ser avaliado e detectar se há a presença de vírus”