Feira de Santana

Prefeitura e vendedores ambulantes iniciam acordo para resolver questões sobre o shopping popular

O diretor da Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes, Robson Leite, disse que houve um pequeno avanço.

Laiane Cruz e Ney Silva

Depois de quatro dias de mobilização dos vendedores ambulantes, em protesto contra os valores das taxas dos boxes do Centro Comercial Popular, o governo municipal decidiu ouvir a categoria. Na tarde desta quinta-feira (29), o secretário Borges Junior recebeu a comissão que representa os comerciantes.

O diretor da Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes, Robson Leite, disse que houve um pequeno avanço.

“A gente teve um pequeno avanço na reunião com o secretário, onde foram definidos alguns pontos dentro da nossa pauta. A primeira que a gente colocou foi a suspensão imediata dos sorteios, que não foi aceito, mas ele colocou uma nova data para as pessoas que não participaram do sorteio. Uma segunda pauta foi a revisão do contrato, e ficou definido que iriam colocar o procurador do município, juntamente com nosso advogado, para ver os pontos que prejudicam os ambulantes”, informou.

Em relação à revisão dos valores das taxas, ele disse que deverá ser marcada uma audiência com o prefeito para definir essa situação. “Tem uma parte que ele disse que era pra reduzir o tamanho do boxe para um metro ou um metro e meio, de imediato a gente não aceitou, a gente quer os padrões que estão no contrato. O que está no contrato é de três metros quadrados e cinco metros, nisso eles querem mexer. Mas num empreendimento desse, se a gente ficar num espaço minúsculo vamos sumir”.

Quem saiu insatisfeito da reunião com o secretário Borges Junior foi o advogado Rodrigo Lemos. Ele reclamou da presença da guarda municipal armada no local.

“A questão é que era uma reunião para tratar de assuntos públicos, mas o que me chamou a atenção é que os representantes da imprensa não puderam participar. Segundo, que a presença de três guardas municipais na sala armados me incomodou. Sou um advogado criminalista em quatro estados brasileiros e nunca fiz uma audiência que envolve pessoas acusadas de crime com gente ostensivamente armada. Eu vim armado com meus argumentos e os ambulantes armados com suas esperanças. Qual o risco que se corre?”, questionou o advogado.

Ainda segundo o advogado, ele preferiu se retirar da sala de reuniões. “Eu estava tratando com homens públicos e pequenos comerciantes. Parece claro pra mim que o secretário manda um recado. Não interessa mais essa discussão, pois o secretário assume compromissos e não cumpre. O que nos interessa agora é o prefeito”, disse.

Leia também: Valor pago no Shopping Popular pode diminuir com adequação do tamanho do boxe, diz prefeitura

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