A Prefeitura de Feira de Santana criou um Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. O programa elenca ações com base nas necessidades e expectativas da zona rural até o ano de 2032. O documento foi apresentado na manhã desta terça-feira (10) pelo prefeito Colbert Martins Filho (MDB) e pelo secretário de agricultura, Alexandre Monteiro.
O plano, que será colocado em prática a partir de quarta (11), é fruto de um trabalho colaborativo entre a gestão municipal e diversos segmentos ligados ao setor rural. Participaram da elaboração do projeto sindicatos, associações, o Movimento de Organização Comunitária (MOC), agentes distritais e produtores rurais.
Metas e políticas públicas
O documento estabelece metas de curto, médio e longo prazo, que devem ser realizadas de forma conjunta entre a Prefeitura de Feira de Santana e as entidades ligadas ao segmento. O plano formula a criação de políticas públicas para minimizar as vulnerabilidades locais e potencializar as forças da produção rural.
“Nós temos muitas potencialidades e temos vulnerabilidades. Nunca foi construído um instrumento que pudesse fazer esse planejamento e dar o direcionamento para as ações governamentais, para que a gente consiga conviver, por exemplo, com o flagelo da seca e com as estiagens”, disse Alexandre Monteiro.
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Desafios hídricos e climáticos
Um dos grandes problemas que o município enfrenta é a concentração de um alto volume de chuva em determinados períodos do ano. Chover muito em alguns meses (o que provoca alagamentos em pontos da área urbana), enquanto há meses em que não chove (o que representa seca e desafio para a produção rural), é um dos impactos que o plano se propõe a minimizar.
“A Prefeitura tem feito o trabalho de distribuir carro-pipa, mas a gente sabe que carro-pipa não é uma política de libertação da zona rural. É preciso que existam instrumentos na zona rural que permitam a libertação desse povo, para que eles possam produzir mais, com qualidade e, acima de tudo, com dignidade”, disse o secretário.
Especificidades locais
O prefeito chamou a atenção para uma das principais características do plano: ser aplicado em áreas de transição rural. Colbert explicou que os distritos de Feira de Santana possuem características próprias de composição e perfil produtivo.
“O plano trata das especificidades dos distritos, como por exemplo, a Matinha ser diferente de Jaguara. Temos distritos com vocação rural e outros com áreas urbanas. Nós precisamos ter ações cada vez mais específicas. E de qualquer forma, além do planejamento de desenvolvimento rural, é preciso esse cuidado na transição urbano-rural, para podermos fazer algo que seja adequado”, disse o prefeito.
Agricultura urbana
Colbert explicou que o plano, apesar de ter foco no rural, estabelece metas para beneficiar todos os distritos e as áreas urbanas do município. O prefeito contou que um dos pontos que podem ser implementados é a chamada agricultura urbana.
“Nós temos tantas áreas que não são habitadas, terrenos baldios, que podem ser transformados em hortas e áreas de plantação. Isso nas grandes cidades já acontece. Eu espero que em Feira a gente possa, de alguma forma, também fechar os terrenos em vez de deixar abertos e virar lugares para depósitos de lixo. Nós temos algum nível de acompanhamento e produção pelas comunidades”, concluiu o prefeito.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Daniela Cardoso.
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