Feira de Santana

Prefeito diz que ainda não recebeu petições de entidades do comércio e adianta que não pode isentar IPTU

Com relação a reabertura do comércio, Colbert disse que pode analisar alguns setores que ainda estão restritos, mas disse que é importante não ocorrer aglomeração de pessoas, devido aos esforços para conter a proliferação do coronavírus.

Daniela Cardoso

O prefeito Colbert Martins da Silva Filho, em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (16), informou que ainda não recebeu as petições das entidades do comércio de Feira de Santana solicitando a isenção do IPTU deste ano e também a reabertura do comércio. Segundo o prefeito, os pedidos serão analisados assim que chegarem nas mãos dele, mas já adiantou que o pedido de isenção do IPTU não poderá ser atendido.

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“Isenção de IPTU é ilegal, isso é lei e não posso abrir mão. O IPTU deste ano corresponde ao ano de 2019. Em 2021 é referente a 2020 e acho que no ano que vem podemos ter algumas alterações já que a crise está ocorrendo este ano. A indústria está toda aberta, os serviços estão praticamente todos abertos, então é estranho as entidades pedirem isenção. Mas vamos analisar”, afirmou.

Com relação a reabertura do comércio, Colbert disse que pode analisar alguns setores que ainda estão restritos, mas disse que é importante não ocorrer aglomeração de pessoas, devido aos esforços para conter a proliferação do coronavírus.

“A questão não é abrir, é a aglomeração. Quando a gente permite abrir alguns setores, as pessoas aglomeram. Na semana passada vi gente formando longas filas pra comprar ovo de páscoa. A gente tá vendo aglomeração em porta de bancos. Mas de qualquer forma eu não vejo dificuldades em discutir o que quer que seja, agora se aglomerar vai aumentar a quantidade de doentes na nossa cidade”, destacou.

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O prefeito disse que vai conversar com todos os setores na medida em que for necessário e considera que Feira de Santana já está flexibilizada há muito tempo. Segundo ele, todos os cuidados estão sendo tomados com o objetivo de evitar o aumento do número de casos de coronavírus no município.

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“O isolamento social tem dado certo e se as pessoas começarem a se aglomerar os casos vão aumentar ainda mais. Se isso acontece, a responsabilidade vai ser em cima do prefeito. Estou pronto pra assumir as responsabilidades, mas nas condições que tudo que for necessário para evitar essa situação seja feito”, declarou. 

Colbert disse ainda que vai analisar, da forma mais adequada possível, as normas de cuidados que serão adotadas quando as coisas voltarem a funcionar. Ele disse acreditar que o comportamento das pessoas vai mudar após essa epidemia.

Dinheiro extra 

O prefeito Colbert Martins Filho também falou sobre o dinheiro extra que a cidade recebeu para investir no combate ao novo coronavírus. Segundo ele, até o momento foram recebidos 1 milhão e 200 mil reais, do recurso enviado pelo estado, e mais 8 milhões e 200 mil reais vindos do Ministério da Saúde, na última segunda.

Caixa reserva

Questionado se a prefeitura não teria um caixa reserva para ser usado em casos de necessidade como estamos vivendo no momento, Colbert informou que está operando dentro do limite e que não tem como guardar sobras. Ele lembra ainda que com as dificuldades enfrentadas na atualidade, a tendência é ter um déficit, ou seja, será gasto mais do que foi previsto no orçamento para esse ano.

Hospital Mater Dei

Entre as medidas de enfrentamento ao covid-19 em Feira de Santana, está a contratação de 50 leitos no hospital particular Mater Dei. O prefeito informou que tudo está sendo feito dentro da legalidade com acompanhamento permanente de todos os setores de controle, como o Ministério Público.

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Ajuda a músicos 

Com relação a uma ajuda solicitada pelos músicos da cidade que estão sem poder trabalhar devido ao fechamento dos bares e a proibição da realização de eventos com aglomeração de pessoas, o prefeito disse que vai estudar o que fazer.

“O secretário de Educação Marcelo Neves estava ontem em Salvador em reunião para tratar de ações referentes as prefeituras e discutimos a possibilidade de fazer qualquer tipo de ajuda aos músicos. Recebi algumas ligações e estamos estudando como ajudar essa categoria. Semana passada o secretário de Cultura Edson Borges esteve, por conta própria, em vários lugares ajudando a recolher donativos e cestas básicas para serem entregues aos músicos e eu agradeço essa atitude.”

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