Laiane Cruz
Nos últimos dias, aumentou bastante o número de reclamações sobre a grande quantidade de muriçocas nas residências, sobretudo no final de tarde, em diversos bairros de Feira de Santana. A população se queixa ainda da ausência do carro do fumacê, da Secretaria de Saúde, para controlar a proliferação desses mosquitos, que tiram o sossego de qualquer pessoa, como também o mosquito Aedes Aegypti, que provoca a dengue e outras doenças como zika e chigungunya.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador do centro de endemias do município, Edilson Matos, justificou que existe um carro do fumacê atuando na cidade, porém há alguns critérios para ser acionado pela população.
“Quando a gente passa o fumacê é porque o caso já está grave. Pra se passar o fumacê tem alguns critérios, que são notificações, casos confirmados de dengue, porque ele agride o meio ambiente e a gente só passa no último caso”, afirmou.
Ele citou como exemplo o distrito de Humildes, onde houve 63 casos notificados de dengue. De acordo com Edilson Matos, o carro foi acionado e o agente de endemias vai às residências eliminar os possíveis focos.
O coordenador garantiu ainda que com a passagem do fumacê tanto o mosquito da dengue (Aedes Aegypti) quando as muriçocas são eliminados.
“O Aedes e o Culex são parecidos e quando a gente passa geralmente elimina os dois. Hoje os bairros com índices altos são Aviário, Campo Limpo, Conjunto Feira X, Mangabeira, Papagaio, Parque Ipê, Humildes, Fulô e Tomba. Em caso de necessidade nós temos o 0800 284 6656, onde se faz a denúncia e a gente manda de imediato o agente no local. Fazemos esse trabalho diariamente”, informou Edilson Matos.
O coordenador de endemias destacou também que atualmente a secretaria conta com 280 agentes, que atuam eliminando focos e fazendo o bloqueio do Aedes com a bomba fumacê costal motorizada, quando tem a suspeita de casos de dengue.
Cuidados
A bióloga Cíntia Sacramento explicou que o clima influencia no aparecimento dos mosquitos. Ela orienta as pessoas a manterem as casas sempre limpas, evitarem acúmulo de lixo nas residências e nos córregos e não deixarem água parada.
“Até mesmo os vasos de água de animais, como gatos e cachorros, têm que ser sempre limpos. E quem mora próximo de córregos e locais que têm lagoa tem que ter cuidado e não acumular lixo nesses locais porque cria focos. A gente também tem a influência do clima, com chuvas periódicas e depois o sol, que favorece no ciclo desses vetores. E seria interessante que usassem telas em casa”, aconselhou.