Polícia conclui inquérito sobre morte de bebê atendida em hospital particular de Feira de Santana

A unidade hospitalar que atendeu a criança e os profissionais foram inocentados do caso.

Polícia conclui inquérito sobre morte de bebê de 6 meses atendida em hospital particular de Feira de Santana
Foto: Redes Sociais

Após um ano, a Polícia Civil do estado da Bahia concluiu as investigações acerca da morte da bebê de 6 meses Maria Isabel de Oliveira, que morreu no dia 19 de novembro de 2021, em decorrência de uma crise respiratória.

Na época, a mãe da criança acusou os médicos do Hospital Bambinos, em Feira de Santana, de terem negligenciado o estado de saúde da menina. No entanto, a unidade hospitalar e os profissionais médicos que atenderam Maria Isabel foram inocentados do caso.

“Em face do conjunto probatório constante nos autos, consubstanciado nas declarações, prova pericial e outras provas admitidas em direito inclusas, entendo que não houve imprudência, negligência e nem imperícia por parte dos profissionais de saúde, bem como que não restou comprovada a materialidade delitiva, razão pela qual deixo de proceder ao indiciamento”, informou o resultado do inquérito.

A mãe da criança, Ana Beatriz Oliveira, de 21 anos, informou ao Acorda Cidade que somente ela, a mãe e a advogada tiveram acesso ao resultado da perícia técnica, mas que não irá deixar de lutar pela filha, mesmo diante da informação presente no documento.

“Minha filha sempre foi uma criança saudável. Nunca vou desistir de Maria, não tenho nada a perder. Sempre vou lutar por Maria, porque tudo o que tinha eu perdi, que foi minha filha, que foi tirada de mim”, declarou a mãe, em tom de desabafo.

Ela contou ainda que, atualmente, mora na cidade de Capim Grosso com a mãe, pois desde que aconteceu a morte da criança não teve condições de ficar sozinha , nem condições psicológicas de trabalhar.

“Minha filha faleceu no dia 19 de novembro de 2021. Na minha concepção, continuo concordando com o fato de ter havido negligência médica. Eu esperei pelo laudo mais ou menos 8 meses. Durante esse período foi muito conturbado pra mim. Agora no dia 19 de novembro fez um ano que minha filha morreu e é uma dor que não diminui, só aumenta. Sinto falta da minha filha todos os dias. Eu vejo outras que estaria na mesma idade de Maria e imagino minha filha aqui comigo. Se ela tivesse sido atendida de uma forma correta ela poderia estar comigo ainda, e eu poderia ter realizado todos os planos que tive com ela”, afirmou a jovem.

Ana Beatriz lamentou ainda ter tido que esperar tanto tempo pelo laudo. “Eles dizem que é em média um ano para entregar um laudo de necropsia, que eu acho isso muito desumano, porque uma pessoa que perde alguém esperar um ano ou mais para receber um laudo da causa da morte da pessoa que você perdeu é muito difícil.”

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