Feira de Santana

Pode faltar água no verão em Feira de Santana? Gerente da Embasa explica

O gestor aproveitou para dar dicas de consumo neste período.

Embasa
Foto: Ascom/Embasa

Com o período do verão que é marcado entre os meses de dezembro e março, o consumo de água tende a aumentar ainda mais devido as férias escolares, turismo nas cidades litorâneas e sem sombra de dúvidas, o calor.

Em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã de segunda-feira (6), o gerente do escritório local da Embasa de Feira de Santana, Lucas Araújo, explicou sobre a possibilidade de faltar água ou não no município, e elencou algumas dicas para o consumo.

Gerente da Embasa
Foto: Maylla Nunes/Acorda Cidade

“No verão a gente precisa economizar bastante água, e uma das dicas simples que passo aqui, é que no momento que estiver escovando os dentes, que a pessoa possa desligar a torneira, da mesma forma quando estiver no banho e for usar o sabonete, o shampoo, que desligue o chuveiro. Evitar lavar carro com mangueiras também é um fator de economia, então existem várias formas para isso, mas especificamente aqui em Feira de Santana, com os investimentos que estão sendo e que já foram feitos na cidade, nós temos uma segurança operacional, uma tranquilidade para a população em garantir água durante todo o verão”, pontuou.

Fraudes

Em 2021, foram descobertas 4.315 irregularidades, que variam de pequenas intervenções no hidrômetro até a conexão de tubulações clandestinas diretamente na rede pública de abastecimento. Esse número quase dobrou em 2022, chegando a 8.279, resultando em um prejuízo estimado de quase R$ 3 milhões.

Segundo Lucas Araújo, cerca de 30 equipes atuam diretamente na identificação destes fraudes.

“Nós estamos com as nossas equipes atuando dia e noite para proibir que estes clientes possam estar realizando este tipo de fraude, e que paguem suas contas de forma certa, e que assim, possamos evitar prejuízos para toda a sociedade. São 30 equipes nas ruas apenas para fiscalizar estas fraudes no âmbito geral, e se no ano de 2021, foram mais 4 mil casos, no ano passado esse número atingiu mais de 8 mil”, disse.

Como identificar as fraudes?

A suspeita inicial segundo o gerente da Embasa, é motivada pelo consumo.

“O ‘gato de água’, como assim é bastante conhecido, é enterrado. Então o escritório da Embasa avalia o consumo do cliente, e confirma se é compatível com o padrão do imóvel, e quando existe esta suspeita, nós precisamos ir até o local, fazer a escavação para identificar a fraude. Nossas equipes são experientes, já possuem o costume de identificar esta fraude, então geralmente quando a gente vai fazer a pesquisa, as probabilidades são grandes no sucesso de identificar este gato de água. Bom destacar que estas pessoas não são habilitadas tecnicamente para mexerem em nossas redes de água, então existe um risco muito grande de causar uma contaminação muito grande, porque estas pessoas não sabem realizar as intervenções da forma correta, então pode gerar uma contaminação para o bairro todo”, afirmou.

Ainda de acordo com o Lucas Araújo, as fraudes acontecem tanto na sede do município, quanto na zona rural e destacou os principais bairros.

“Temos o exemplo do Viveiros, nós temos o bairro do Jussara, Gabriela, Conceição, são diversos bairros onde encontramos as irregularidades. Embora esta situação ocorra na cidade inteira, estes são os principais bairros”, informou.

Quais são os critérios para fazer a ligação da água em um imóvel?

Ao Acorda Cidade, o gerente de escritório da Embasa contou que o proprietário do imóvel precisa seguir alguns critérios, e o prazo pode chegar até 10 dias.

“Por algumas vezes, a ligação da água em algum imóvel pode demorar, mas isso não é uma rotina da Embasa. Por exemplo, o cliente precisa ter um padrão interno para que possamos fazer a ligação, como ter um reservatório. Então uma equipe visita o local antes, verifica se existe o reservatório, caso contrário passa todas as informações para o cliente, para que ele possa providenciar o que mais estiver faltando. Outro tipo de situação que pode demorar uma ligação da água, é se a via for asfaltada. Precisamos abrir uma solicitação junto à prefeitura, e após autorização, nós podemos fazer o corte no asfalto e fazer a ligação do cliente”, explicou.

Segundo Lucas Araújo, a determinação do reservatório é feita pela Agência Reguladora.

“Esta é uma exigência da Agência Reguladora, não é só da Embasa, até porque é de extrema importância que o cliente tenha o reservatório em casa, pois em casos de manutenção na rede por um determinado período, esse cliente não vai sentir a falta por conta do reservatório”, concluiu.

Leia também: Fraudes na rede distribuidora desviaram 600 milhões de litros de água em Feira de Santana em 2022

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