A Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) está fazendo uma revisão no sistema de fornecimento de água potável na zona rural de Feira de Santana. A atividade, desenvolvida em parceria com a Embasa, empresa que fornece serviços de água e esgoto em todo o estado, tem o objetivo de eliminar os períodos de desabastecimento nas localidades rurais.
A Cerb é responsável por elaborar estudos e criar sistemas de abastecimento na zona rural dos municípios através da perfuração de poços artesianos de grande profundidade, da construção de barragens e de estações para tratamento e distribuição da água até as residências locais.
Combatendo o problema
Durante uma entrevista ao programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News FM, na manhã desta segunda-feira (17), o presidente da Cerb, Jayme Vieira Lima, reforçou que a companhia está atenta aos desafios por falta d’água que os moradores da zona rural de Feira de Santana estão enfrentando.
O presidente revelou que, na semana passada, esteve presente em uma visita técnica feita pela Cerb no distrito de Maria Quitéria, região que, mesmo possuindo um sistema de abastecimento feito pela Embasa, os moradores enfrentam problemas causados falta d’água.
Jayme explicou que a comunidade está sofrendo por conta das mudanças climáticas, que fazem os níveis dos reservatórios da Embasa baixarem. A solução, segundo o presidente, será a construção de poços artesianos e um sistema de distribuição independente que pode atender até 200 famílias.
“Os nossos poços alcançam uma profundidade maior do que os poço que o particular acaba fazendo e chegam de 30 a 50 metros. O nosso chega a 300 metros. Com isso, a gente consegue atingir melhores condições para fazer um sistema de abastecimento que atenda toda a população, levando para a casa de todas as pessoas da comunidade”, disse Jayme durante a entrevista.
O sistema
O presidente detalhou como funciona o sistema após a constatação de que o poço tem uma vazão de água suficiente para atender a população da zona rural.
“A gente vai pegar a água do poço artesiano e, através do bombeamento, levar a água por adução até as casas que permeiam a localidade. A gente pode atender 50, 100, 200 famílias. Vai depender da vazão e da capacidade de adução que a gente atinja na construção desse sistema. O distrito de Maria Quitéria está nesse processo. Temos confirmação de pontos com vazão adequada nas localidades de Ovo da Ema e de Casa Nova”.
O presidente da Cerb explicou que, após a confirmação da vazão, será feita uma análise físico-química da água de origem do poço artesiano para constatar se atende aos níveis sanitários. O segundo passo, após o estudo, é a construção do sistema que levará água até essas residências no distrito de Maria Quitéria.
Atuação da Cerb
Vieira explicou que a Cerb desenvolve diversos outros trabalhos voltados à garantia da segurança hídrica dos moradores da zona rural, além da construção dos poços artesianos de grande profundidade.
“Nossa primeira finalidade é saneamento rural, é levar água potável, água tratada e de qualidade aos baianos da zona rural. Então, para que isso aconteça, a gente vai fazer a captação da água, e essa captação pode ser através de um barramento, de uma barragem, de uma captação em rio ou de aquíferos do subsolo, nas bacias, nas sub-bacias. É daí que vem a perfuração de poços artesianos”, disse.
Jayme explicou que a Cerb atua em todo o território do estado da Bahia e que, por características de adversidade natural da região do sertão e do semiárido, que compõe quase a metade do estado, a companhia tem uma atenção maior nessa área, pois a demanda é maior do que em outras regiões onde há um sofrimento menor com a seca.
“A mudança climática tem feito alterações substanciais no clima do estado. A gente tem dado cada dia mais atenção em relação a esse assunto nos debruçando sobre ele e trazendo soluções. Em Feira de Santana, principalmente na região rural de Maria Quitéria, que é uma região extensa, com quase 20 mil pessoas, temos atuado para a construção de sistemas de fornecimento de água potável e tratada, reforçando a rede. Pretendemos, a partir desse projeto piloto, fazer o mesmo em outras áreas da zona rural da cidade”, concluiu o presidente.
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