Feira de Santana

Piso de colégio estadual começa a ceder e preocupa comunidade escolar

Ana Clara, estuda no colégio há dois anos e conta a situação da sua sala de aula e os riscos que as funcionárias que trabalham na cozinha correm por conta do problema no piso.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A comunidade escolar do Colégio Estadual Lázaro dos Santos Ferreira, localizado no conjunto Viveiros, em Feira de Santana, relatou nesta terça-feira (1º) para ao Acorda Cidade os problemas estruturais no prédio.

O presidente do colegiado, José Roberto Melo Silva, pediu para que as autoridades se atentem para as demandas que são urgentes, entre elas, o piso está cedendo colocando em risco a vida de todos que frequentam o local.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Nós estamos aqui pedindo às autoridades, para que se atentem para a demanda do colégio. O piso está cedendo, com risco de desabamento em alguns pontos. Isso já ocorre há quase 6 meses atrás”, disse.

Foto: Arquivo Pessoal

O grupo que relatou os problemas a reportagem afirmou que houve uma reunião com algumas autoridades há dois meses e entre elas estavam o deputado federal Zé Neto e o vereador Ivamberg. No entanto, segundo eles, até o momento não tiveram retorno da situação. “Nós tivemos uma reunião com o Deputado Zé Neto e o vereador Ivamberg, os vereadores do bairro do Viveiros não compareceram, uns estavam viajando e outros não vieram, mas pedimos a essas autoridades que olhem com mais carinho e sensibilidade para a escola”, informou José Roberto.

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com ele, que também é pai de uma aluna na escola, além do problema no piso, o telhado da quadra está danificado, as salas estão sem ares-condicionados e todas necessitam de manutenção. Ele questiona o deputado Zé Neto que participou da reunião e cobra um retorno. “Se uma das suas filhas estivesse em uma escola com o piso afundando, você estaria preocupado com a segurança da sua filha?”, perguntou.

Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com o aluno Keiler Lobo, a escola foi inaugurada há três anos e meio, mas a sua estrutura está incompleta, inclusive necessitando da criação de novos espaços, pois atua também em Tempo Integral.

“A escola precisa de manutenção em bomba d’água, fiação elétrica, ampliação do número de salas, porque hoje contamos com nove salas e apenas sete funcionam como salas de aula, pois duas precisam ser sala de vídeo e biblioteca. A escola não comporta o número de alunos, inclusive no início do ano vários alunos do bairro ficaram sem ser assistidos, justamente porque a escola não tem o número de salas adequado”.

Foto: Arquivo Pessoal

Ele reforça que a escola funciona como ensino integral para algumas turmas, mas não possui estrutura para os alunos realizarem as atividades extracurriculares.  “As escolas de ensino integral, elas possuem quadra poliesportiva, campo de futebol, piscina, no Lázaro não tem nada disso, somente a quadra e os alunos de tempo integral não tem muito o que fazer na escola e nós estamos pedindo aos governantes que olhem com sensibilidade para o nosso bairro”, completou Lobo. 

A aluna do 9º ano, Ana Clara, estuda no colégio há dois anos. Ela falou sobre a situação da sua sala de aula e os riscos que as funcionárias que trabalham na cozinha correm por conta do problema no piso.

“Muito bagunçada, porque o espaço é pequeno, muito calor no verão, sem ar condicionado, ventilador quebrado, tem um único que faz muito barulho, a sala em si fica muito cheia, então não tem espaço nem para os alunos respirarem. Sentimos falta do refeitório, porque não temos, lanchamos na área de lazer. E também a preocupação com os funcionários de cair no buraco da cozinha”, explica. 

Clara, que joga futsal e vôlei, ainda conta que os alunos tiveram dificuldade para participar dos jogos de interclasse por conta dos problemas de alagação na quadra. 

De acordo com o coordenador do colegiado, a escola tem em média 750 a 800 alunos e que está dentro do prazo de cinco anos para a empresa que realizou as obras, concluir a manutenção dos espaços que necessitam de atenção, mas a comunidade escolar precisa de ajuda para realizar essa intermediação.

Foto: Arquivo Pessoal

Em contato com o Acorda Cidade, o deputado federal Zé Neto disse que a Escola Estadual Lázaro dos Santos Ferreira foi construído com indicação do seu mandato e que ele trata do local com carinho e responsabilidade. Respondendo a pergunta do presidente do colegiado, José Roberto, ele relatou que se as filhas dele estudassem no colégio, faria o que ele fez. Foi verificar os problemas e participou de uma reunião com todos.

“Já convoquei a diretoria, fiz todos os encaminhamentos administrativos que pude fazer e coloquei para a secretaria essa situação. Estamos tratando com toda energia e as coisas não acontecem no compasso que a gente quer. Todas as medidas estão sendo tomadas e espero que possamos dar as respostas que a comunidade tanto espera”, declarou.

O vereador Ivamberg Lima confirmou que também esteve em visita para verificar a situação da escola, que tudo foi visto, registrado em fotos e que foi feito um levantamento e enviado à Secretaria de Educação. Segundo ele, verificou-se que a questão do piso é de responsabilidade da empresa que construiu o colégio e ela deve consertar.

“A secretaria está autuando judicialmente a empresa que construiu para que ela faça todos os reparos necessários. E, e empresa não fizer, a secretaria vai entrar no circuito”, encerrou.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
3 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários