Após os festejos de Natal e final de ano, os comerciantes do Shopping Popular Cidade das Compras, em Feira de Santana, voltaram a sentir a queda do movimento no entreposto comercial.
Permissionária do Shopping, Josi da Silva trabalha com calçados. Ao Acorda Cidade, ela contou que esperava que o fluxo de clientes continuasse em janeiro, mas não foi o que aconteceu.
“Está muito fraco o movimento aqui, principalmente depois das festas, o pessoal gastou o que tinha para gastar, e agora nós estamos voltando com aquela condição de antigamente, boxes fechados, vazios, sem clientes, e sem dinheiro para pagar as contas”, lamentou.
Ainda de acordo com ela, tem semanas que passam três ou quatro dias sem vender um produto.
“Eu achava que pelo fato de dezembro o Shopping ter feito algumas propagandas, que o movimento iria continuar, mas está fraco aqui. E só quem sabe, é realmente quem passa o dia inteiro aqui, tem semanas que passam três, quatro dias para vender alguma coisa, porque os clientes não estão comparecendo”, contou.
Mara da Silva Santana também é permissionária do Shopping Popular e trabalha com sandálias. Para driblar as dificuldades, teve que colocar alguns produtos em promoção, mas infelizmente, nem isso está resolvendo.
“O movimento está parado, não tem clientes, eu até coloquei promoções aqui, mas os clientes não descem aqui para o Shopping, permanecem lá no centro da cidade mesmo, dizem que fica distante, que fica perigoso, e ficamos aqui de braços cruzados sem vender nada”, disse.
Diante das dificuldades, Mara explicou que os boletos já estão ficando acumulados.
“Ano passado neste mesmo período foi até bom, lembro que deu para quitar alguns débitos, mas neste ano está complicado. As contas estão ficando atrasadas, paga uma, deixa outra, e assim a gente está levando”, afirmou.
A presidente da Associação em Defesa dos Camelôs (Adecam), Elizabeth Araújo informou à reportagem do Acorda Cidade que muitos boxes já foram fechados por conta do baixo movimento.
“Esse mês de janeiro está sendo difícil para gente, principalmente em comparação com outros períodos que tínhamos um número maior de comerciantes. Até as próprias lojas âncoras aqui do Shopping já estão fechando porque não vale a pena ficar com a loja aberta sem ter lucro, e dessa forma não tem como honrar com os compromissos e manter as despesas”, abordou.
De acordo com Elizabeth Araújo, é necessário que haja uma reunião entre prefeitura, lojistas e o consórcio para que uma alternativa seja dada neste momento.
“A prefeitura precisa sentar com todos os camelôs, com o consórcio, fazer aquela assembleia geral e tentar criar uma ideia de marketing, uma estratégia diferente para que o público possa aderir este espaço. Infelizmente o público da cidade ainda não aderiu o Shopping Popular como um centro comercial onde as pessoas podem fazer as compras. Precisamos de mais ações porque sozinhos não conseguimos, é necessário o apoio da prefeitura, é necessário também o apoio do consórcio”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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