Feira de Santana

Permissionários do Shopping Popular estão preocupados com ameaça de perderem os boxes

De acordo com permissionários ouvidos pelo Acorda Cidade, muitos boxes estão fechados devido às poucas vendas.

Laiane Cruz


Comerciantes do shopping popular Cidade das Compras estão temerosos com o anúncio da prefeitura de Feira de Santana de que permissionários que não abrirem seus boxes até o dia 30 de novembro irão perder os estabelecimentos no entreposto comercial.

De acordo com permissionários ouvidos pelo Acorda Cidade, muitos boxes estão fechados devido às poucas vendas, o que faz com que os comerciantes não tenham condições de comprar mercadorias e efetuar o pagamento das taxas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A proprietária de um box de acessórios para celular, Raimunda dos Santos Moreira informou que muitos permissionários não estão abrindo os boxes porque não estão conseguindo se manter.

“As pessoas não estão tendo condições de manter os boxes e estão fechando para não passar necessidade, porque as vendas aqui são poucas. Tenho um ano aqui vendendo acessórios para celular, mas daqui não consigo fazer minha feira, nem pagar minhas contas. O movimento aqui é muito fraco”, informou.

O comerciante Erasmo da Rocha, que mantém um ponto no shopping popular há um ano, vendendo utilidades domésticas, relatou que as vendas no local estão baixas e que o prefeito deveria dar um prazo maior aos comerciantes que ainda não abriram os boxes.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A minha mercadoria mesmo está parada, gastei R$ 2 mil de mercadorias, mas não vende nada aqui. O cadastramento da prefeitura não passou aqui ainda. Quem não abrir, perde o box. Não acho isso bom, porque as coisas estão difíceis e o prefeito deveria dar mais um prazo aos camelôs. A gente está esperando aqui é a resposta dele, que foi ele que nos colocou aqui”, afirmou.

A vendedora de sandálias Eliene Pinto da Paz Aragão afirmou que até o momento a prefeitura não foi até o local fazer o recadastramento dos permissionários. Ela disse ainda que devido ao pouco movimento de clientes, não tem mais condições de investir.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Estou impossibilitada de investir, porque tenho três filhos e a situação está difícil. Aqui não tem vendas. Estamos aguardando a prefeitura fazer o cadastramento. Aqui não vendo nada, fico no celular, conversando com os amigos”, reclamou.

A permissionária Maria Vitória de Jesus também não está satisfeita com o movimento e disse que não consegue se manter com as vendas do local.

“Se não fosse o salário do meu esposo, que é aposentado, a gente estava passando fome. Vendo eletrodomésticos usados, como liquidificadores e ventiladores. E estou vendendo geladinho e água mineral para ver se melhoram as condições. Aqui não está vendendo nada, não tem movimento.”

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade. 

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