Laiane Cruz
Por conta da paralisação dos servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), iniciada ontem (31), em Feira de Santana, a idosa Eliene dos Passos Santos, de 60 anos, que é moradora do Conjunto Viveiros, não pôde realizar a perícia médica que estava agendada para hoje.
Ela se dirigiu à agência da Avenida Getúlio Vargas, na manhã desta sexta-feira (1º), e foi pega de surpresa ao saber que os atendimentos estavam suspensos no local.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Eu vim fazer a perícia que estava marcada para hoje. Sou do Conjunto Viveiros. Sinto muitas dores nos ossos, tenho osteoporose, diabetes. E agora foi remarcada para o dia 23 de junho, como pode uma coisa dessa? Não suporto de dores e tomo muitos remédios”, lamentou a idosa, em entrevista ao Acorda Cidade.
Pauta de reivindicações
Os servidores do INSS de Feira de Santana aderiram na quinta-feira (31) à greve da categoria, que ocorre em todo o país, pedindo a realização de um novo concurso público. Todos os atendimentos, portanto, estão suspensos nas agências do município, em virtude do protesto.
De acordo com Luis Ernesto Ferreira Santa Bárbara, que é técnico do INSS em Feira, a greve foi deflagrada a nível nacional no dia 23 de março, e os servidores do município acompanharam toda a movimentação, resolvendo aderir ao movimento paredista.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Temos uma pauta de reivindicação, que envolve uma recomposição salarial da perda inflacionária no percentual de 19,99%. Não estamos pedindo aumento, apenas uma reposição dessa perda no atual governo. Mas nós também estamos reivindicando uma pauta muito importante, que afeta todos os cidadãos, a população. Estamos com muita dificuldade para fazer o atendimento, em virtude da falta de servidores, muitos colegas se aposentaram e hoje o quadro é metade do que era há dois ou três anos, e nós precisamos então que o governo realize um concurso público, para que haja a recomposição da força de trabalho e a gente possa prestar um serviço de excelência à população”, afirmou, em entrevista ao Acorda Cidade.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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