Feira de Santana

Passeios da Praça dos Remédios e Rua Conselheiro Franco são tomados por carros e motos; pedestres reclamam

A grande quantidade de motos no passeio em frente à Caixa atrapalha os pedestres de caminharem livremente.

Laiane Cruz

 O projeto de revitalização do centro da cidade de Feira de Santana com a instalação de passeios mais largos e a implantação de pisos compartilhados, teve por objetivo melhorar a circulação dos pedestres e veículos, trazendo mais modernidade para o trânsito e organização nas ruas do comércio. No entanto, proprietários de carros e motocicletas transformaram alguns desses locais em verdadeiros estacionamentos a céu aberto.

Ao lado na Igreja dos Remédios, por exemplo, na Rua Conselheiro Franco, em frente à Caixa Econômica, os pedestres são obrigados a transitar no meio da via, pois o passeio fica diariamente tomado por motocicletas.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
 

Também na Praça dos Remédios, onde um novo piso foi instalado interligando à Sales Barbosa, carros ficam estacionados durante todo o dia, atrapalhando a circulação dos pedestres.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o mototaxista Valmir Costa Marques, confirmou que a Praça dos Remédios está servindo de estacionamento e o trânsito no local está bagunçado.

“Na Praça dos Remédios está ocorrendo o estacionamento de carros de forma irregular, as motos ficam ao lado da igreja, a Rua 18 de Setembro está de um jeito que a gente não sabe se desce ou se sobe, se vai ser calçadão ou rua normal. Os mototaxistas estão sem um lugar próprio, pois até agora não separaram o lugar onde vamos trabalhar e não há sinalização. A obra não terminou ainda e está muito congestionado o trânsito”, reclamou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O comerciante Paulo Alves elogiou o trabalho da prefeitura ao realizar a revitalização do centro, mas destacou que a Praça foi feita para os pedestres circularem.

“A prefeitura está de parabéns por essa mudança, essa transformação. Porém ficaria bem melhor se a praça estivesse livre para as pessoas transitarem, sem os carros. Porque virou uma bagunça, é carro de mão, caminhão, carro de verduras. Então continua sendo aquela feira livre. Ficando livre, fica bem melhor, mais aprazível, as pessoas têm menos medo de vir pra rua. Hoje você sabe que aqui tem muito assalto e com muita aglomeração as pessoas não vêm.”

Ainda segundo comerciante, o comércio continua enfrentando dificuldades e a desorganização do centro afasta os clientes.

“Está tendo essa dificuldade com as ruas mais estreitas, e as pessoas colocam os carros em cima da calçada, quase em cima das lojas. Isso empata os clientes de virem. A gente sabe que o comércio vem passando por um momento difícil e se continuar assim, como vamos pagar os nossos impostos?”, questionou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
 

Dona de uma barraca de confecção, a vendedora Raimunda revelou que muitos ambulantes que foram realocados da Sales Barbosa, da Praça dos Remédios e outras ruas do centro para o Shopping Cidade das Compras estão fazendo o caminho de volta, por conta do pouco movimento do empreendimento.

“Antigamente aqui na Praça dos Remédios era ponto de táxi e tinha também a parte de alimentação, como também eu já tive uma barraca de lanches nessa praça. O prefeito mandou tirar e botou pra o shopping popular, mas está todo mundo subindo de volta, porque lá não está tendo movimento nenhum”, disse a vendedora ambulante ao Acorda Cidade.

Ela confirmou ainda que a grande quantidade de motos no passeio em frente à Caixa atrapalha os pedestres de caminharem livremente, e como a praça também está livre, as pessoas estão colocando os carros no local.

O que diz a prefeitura?

Procurado pelo Acorda Cidade, o Superintendente Municipal de Trânsito, Cleudson Almeida, informou que, por enquanto, a SMT não tem a responsabilidade de fiscalizar o estacionamento de veículos nesses locais, e sim a Secretaria de Planejamento e a empresa BSM, que são responsáveis pelo projeto de revitalização do centro comercial de Feira de Santana.

O Acorda Cidade também entrou tentou contato com o secretário de planejamento, Carlos Brito, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
 

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