Crise

'Passamos por um momento de extrema dificuldade', declara secretário sobre situação do transporte público

Para ele, os problemas passaram a se agravar ainda mais, porque a medida provisória do governo que ajudava a pagar os salários dos rodoviários foi encerrada.

Rachel Pinto

Diante de várias discussões que apontam os problemas do transporte público em Feira de Santana, associadas ao risco de contaminação pela covid-19 e o alto número de infectados pela doença no município, o secretário municipal de Transportes e Trânsito Saulo Figueiredo, visitou o transbordo Central, na manhã desta quarta-feira (17).

Ao Acorda Cidade ele informou que o objetivo da visita foi verificar in loco as ações que a prefeitura está realizando para conter a disseminação da covid-19 e oferecer mais segurança aos passageiros.

Ele frisou que a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) em parceria com a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) está fazendo desde o ano passado a desinfecção nos três terminais de ônibus e, a partir de agora, esse trabalho acontecerá duas vezes por semana.

De acordo com ele, há também equipes de fiscalização para fazer o disciplinamento de filas e o ingresso dos passageiros no interior dos ônibus.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Hoje iniciaremos a demarcação de algumas cadeiras, locais para ficar em filas, vamos manter a fiscalização, missões nos terminais para orientar as pessoas. Viemos in loco com o chefe de gabinete eo diretor de transporte público para passar as orientações. Temos um assento no Fórum Nacional de Mobilidade Pública do Brasil e então a gente está estudando tudo que está se aplicando em outras cidades nesse momento de grande dificuldade no transporte público em todo o Brasil para trazer, orientar os nossos cargos, os nossos fiscais, de modo que a gente possa sair dessa crises o quanto antes. As concessionárias mantêm aqui no terminal um efetivo também fazendo a desinfecção dos veículos”, afirmou.

O secretário relatou que tem conhecimento das dificuldades enfrentadas pelas empresas de ônibus neste momento de pandemia e para ele, Feira de Santana e o Brasil vivem atualmente a pior crise do transporte público. Saulo Figueiredo citou várias cidades que estão passando dificuldades nesse setor, a exemplo de Teresina, Vitória da Conquista e Camaçari. De acordo com ele, a situação é preocupante de forma geral, principalmente devido ao grande aumento no preço dos combustíveis.

“Nós estamos adotando medidas para fazer sempre a adequação em demanda e oferta, sempre dialogando com os empresários e buscando uma série de alternativas para minimizar esse momento de crise. Nós estamos mantendo as duas concessionárias com toda a dificuldade. Nós aguardávamos no ano passado um socorro do Governo Federal que foi construído pelo Fórum de Mobilidade e Frente Nacional dos Prefeitos. A Câmara dos Deputados em Brasília, votou em agosto, aprovou e vinha um socorro de 4 bilhões de reais para o setor de transporte do Brasil. 70% desses recursos são para os municípios acima de 200 mil habitantes e 30% desses recursos para os estados. O senado aprovou isso e em dezembro o presidente Bolsonaro vetou”, declarou.
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Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O secretário enfatizou também que os problemas do transporte público passaram a se agravar ainda mais a partir de janeiro de 2021, porque a medida provisória do governo que ajudava a pagar os salários dos rodoviários foi encerrada.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
  

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