Laiane Cruz
Pelo terceiro ano, a Paróquia Santo Antônio dos Frades Capuchinhos, em Feira de Santana, realiza o projeto Natal Solidário. Que tem por objetivo incentivar as famílias a adotarem cartinhas com pedidos de presentes, escritas por crianças carentes da comunidade, fazendo com que o Natal delas seja ainda mais feliz.
De acordo com Frei Mário Sérgio, o projeto Natal Solidário nasceu de um grupo de crianças da igreja chamado Infância e Adolescência Missionária, que sensibilizadas com outras crianças que não teriam condições de ganhar uma lembrança para poder celebrar o nascimento de Jesus, pensaram em fazer o projeto ‘Adote uma carta e faça uma criança feliz’.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Na Igreja dos Capuchinhos, você pega uma carta, que tem a história da criança. As crianças têm sonhos, pedem coisas mais sofisticadas, geralmente os eletrônicos é que fazem mais sucesso entre essa turminha. Nós já distribuímos 800 cartas, e ainda temos mais cartas para serem distribuídas, todas com uma história, que cada carta é uma vida, um sonho, um imaginário”, afirmou Frei Mário Sérgio.
Ele explicou que as pessoas que adotarem uma carta podem deixar os presentes na Igreja dos Capuchinhos ou na secretaria da paróquia até o dia 12 de dezembro, das 8h às 17h.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Já estamos no terceiro ano das cartas e temos sido vitoriosos. Em anos passados, nós montávamos uma grande árvore de natal com as cartinhas dentro e as famílias iam pegando e traziam seus presentes. Hoje a gente lê carta por carta, fazemos a triagem dos presentes, e depois vamos de família em família entregar essa lembrança, essa partilha da Paróquia Santo Antônio. A ação começou no primeiro domingo do advento, que foi o último domingo de novembro e vamos até o próximo domingo, dia 12. Porque precisamos fazer a triagem dos presentes e pensar na logística de distribuição”, informou.
A distribuição dos presentes ocorrerá a partir do dia 20 de dezembro. Para o Frei Mário Sérgio, os presentes doados não são um incentivo ao consumismo, mas significam a partilha.
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“É claro que os bens materiais não trazem alegria para o ser humano, mas eles ressignificam algumas coisas na nossa vida. Não é apenas um incentivo ao consumismo, mas é sobretudo a partilha. Veja que o mais importante é que a criança receba o presente, que eu seja capaz de sair do egoísmo, do individualismo e colaborar com alguém. A criança é a parte mais sensível de qualquer evento celebrativo, mas também da pobreza, da necessidade, porque a criança não compreende porque ela não tem um celular, uma bicicleta, porque o pai não pode comprar um presentinho. Então pensamos nessa carência”, avaliou.
Fotos: Arquivo Pessoal
Ele destacou ainda que o Natal é uma troca de presentes do céu, porque nós ganhamos a divindade de Jesus, e da terra, pois nós emprestamos a ele a nossa humanidade.
“Então é uma troca de dons. O presente é importante, a ceia, mas o Natal só é Natal se tiver Jesus. Que ele seja o centro da nossa vida, da nossa celebração. Eu diria que deveria ser menos o Papai Noel e mais Jesus. A grande simbologia do Natal é Jesus.”
A Paróquia Santo Antônio também terá uma programação especial de Natal este ano. No dia 24, haverá a celebração às 20h e no dia 25, feriado da Natal, a missa ocorrerá às 8h30. Com a flexibilização das medidas de segurança contra a covid-19, não será mais necessário agendar a participação nas missas.
“Em tempos de tristeza, depressão, insegurança, celebrar o Natal é dizer que Deus nos ama a tal ponto que entregou seu único filho para que todos que tenham fé no Cristo possam herdar a vida eterna. Então a minha palavra é de esperança, que não é humana, mas de que Deus está no controle de tudo e de nossas vidas. Temos que sonhar, rezar e fazer a nossa parte”, salientou.
Fotos: Arquivo Pessoal
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
