Fim do movimento

Paralisação dos caminhoneiros é encerrada em Feira de Santana

A paralisação teve início na noite de ontem (8).

Gabriel Gonçalves

Depois de quase 12 horas de paralisação, os caminhoneiros que estavam estacionados na BR-116 Norte, decidiram seguir viagem após não ter uma representatividade no local.

Ao Acorda Cidade, o caminhoneiro Jorge Freitas, também informou que não há uma liderança para representar os motoristas no local e por isso, muitos se revoltaram e deram continuidade em suas viagens.

"Eu estou indo para Juazeiro e só estou aguardando a posição da empresa se eles me liberam, se retorno para empresa, porque muita gente já se revoltou aqui e furou o bloqueio. Inclusive, o pessoal aqui do posto hoje pela manhã já aumentou o preço dos combustíveis. O Diesel que era R$ 4,23, já colocaram para R$ 4,50, a mesma coisa a gasolina que estava de R$ 5,65, já foi para R$ 5,93. Infelizmente ninguém chegou aqui para dizer o motivo da paralisação, quanto tempo iríamos ficar aqui parados, então muita gente está indo embora", contou.

Foto: Paulo José

Outro caminhoneiro que também estava no movimento e não quis se identificar, informou a reportagem do Acorda Cidade que estacionou o caminhão no pátio do posto de combustível, mas destacou que não sabia o motivo da paralisação.

"Eu sou motorista de transportadora em geral. Estou indo para o município de Salgueiro e parei aqui ontem por volta de 20h30, mas eu não sei nem informar qual o motivo dessa greve e nem sei informar porque as pessoas estão desistindo da paralisação. Vou aguardar mais um pouco, mas daqui a pouco também irei seguir viagem", disse.

Retornando para Brasília, o caminhoneiro Dorivaldo Pereira de 69 anos de idade, informou ao Acorda Cidade que estava vindo de Salvador a serviço, e afirmou que é contra as paralisações que estão acontecendo no Brasil.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

"Eu trabalho com frete há cerca de 30 anos e passo em média de 20 até 30 dias fora de casa. Agora mesmo estou vindo de Salvador para Brasília e não sou a favor dessas paralisações porque só trazem desgaste para os motoristas. Se fosse para baixar o diesel, a gasolina, aumentar o frete, reduzir o preço do frete, mas são outras picuinhas que não sou a favor, quem quiser que fique a vontade", afirmou.

Ainda segundo o caminhoneiro, um frete de Brasília até Salvador, custa em média de R$ 5.500, mas cerca de R$ 3.000 é para pagar o combustível.

"Hoje uma mudança de Brasília até Salvador, a gente cobra o valor de R$ 5.500, só que apenas de combustível, a gente gasta quase R$ 3.000. Fora manutenção de veículo, o que sobra é muito pouco", pontuou.

Com informações do repórteres Paulo José e Ed Santos do Acorda Cidade

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