Feira de Santana

Parada Gay leva ás ruas de Feira de Santana 40 mil pessoas

Como forma de protesto pelas mortes de homossexuais, integrantes do Glich esticaram um pano preto entre as pessoas que participaram da Parada Gay

Ney Silva

 
A 11ª Parada Gay de Feira de Santana realizada na tarde deste domingo (26), na avenida Getúlio Vargas levou ás ruas aproximadamente 40 mil pessoassegundo estimativas da Polícia Militar. A comunidade Lgbt (Lésbicas, gays, bi e transexuais) e mais centenas de simpatizantes foram prestigiar a parada.
 
 
O presidente do GlichGrupo Liberdade, Igualdade e Cidadania Homossexual Fábio Ribeiro disse que a grande participação do público é uma demonstração de que a população vem diminuindo o preconceito. Ele lamentou os três assassinatos ocorridos este ano contra homossexuais. Em um dos crimes a vítima foi queimada e os outros dois mortos a tiros.
 
Ele acha que essas mortes demonstram que se não houver políticas públicas voltadas para essa homofobia, e se a sociedade não se preocupar com a justiça social, podem ocorrer mais crimes.
 
 
Como forma de protesto pelas mortes de homossexuais, integrantes do Glich esticaram um pano preto entre as pessoas que participaram da Parada Gay. O obetivo foi mostar que o gay também é cidadão e que tem motivos para se orgulhar de sua orientação sexual.

 

A cantora Marizélia foi escolhida madrinha Gay da 11ª Parada Gay. Ao ser questionada sobre orientação sexual, ela disse que o mínimo que se pode fazer é respeitar a escolha do outro. “Estou muito feliz por ser a madrinha e a temática este ano é contra a homofobia, e lutar contra isso é um dever de cada um de nós”, afirmou.
 
O advogado Enézio de Deus que participou da parada gay tem sido um defensor da união homoafetiva e ingressou com algumas ações para assegurar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Ele explica que a discriminação contra homossexuais tem diminuído bastante por conta do trabalho realizado pelo Poder Judiciário dando decisões favoráveis.
 
“Infelizmente no Brasil nós temos um Congresso Nacional altamente preconceituoso e legislam como se estivessem nos púlpitos de igrejas e se baseiam em doutrinas religiosas. Isso não pode acontecer”, afirma Enézio.
 
Na opinião dele, enquanto o legislador não separar religião de estadonão vai se avançar no Congresso Nacional. Ele lembra que o Judiciário não se calouporque a Constituição protege os direitos fundamentaisentre eles a orientação sexual.
 
Policia Militar: 200 homens trabalharam na segurança
 
A Policia Militar em Feira de Santana colocou na avenida Getúlio Vargas e em ruas transversais 200 homens atuando com 40 patrulhas.
 
 
O tenente Djomar Cruz da 64ª CIPM (Companhia Independente) informou que o policiamento foi previamente definido durante várias reuniões entre Ministério Público, Prefeitura Municipal e Glich.
 
Ele disse que em 2011 a PM verificou que ocorreram muitas falhas, entre elas, a não participação de órgãos públicos que deveriam se fazer presentes. O oficial observa que a redução do percurso da Parada Gay favoreceu as clínicas e hospitais que ficam na avenida e que antes reclamavam do barulho intenso. Ele informou que durante o evento não foram registrados casos de violência e a PM também não recebeu denúncia de discriminação.
 
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