Para alcançar sonho de criança, artistas feirenses criam música em homenagem a Bell Marques

^{Laiane Cruz}

O compositor feirense Sérgio Augusto Marques dos Santos desde criança acompanha a carreira do cantor Bell Marques, em quem se inspirou para compor muitas de suas canções no ritmo de axé. Toda essa admiração o ajudou a escrever recentemente uma canção em homenagem ao artista, intitulada de ‘Vibe de Bell’.

Ao Acorda Cidade, Sérgio Augusto contou que a ideia de compor a música, a qual ele espera que chegue ao conhecimento do artista, surgiu durante a pandemia, em que muitos artistas passaram a divulgar seus trabalhos através das lives na internet. E assistindo a uma live de Bell, contagiado pela alegria, veio a inspiração.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A escrita da música ‘Vibe de Bell’ veio quando a gente estava assistindo a uma live de Bell Marques e eu sou chicleteiro e agora Belzeiro. Os colegas ligavam e perguntavam se eu estava assistindo, e quando terminou eu decidi fazer a música. Bell é um artista que faz cosquinha no meu cérebro, que me emociona muito, que tem uma criatividade incrível. Transmite alegria, só vibração positiva, e desde pequeno eu e meu irmão, que também é cantor, ficávamos ouvindo as músicas de Bell no beliche e batucávamos muito. Espero que essa música chegue até ele, porque a receptividade com essa música está sendo maravilhosa”, afirmou o compositor.

Sérgio Augusto Marques dos Santos atua como compositor já quase 40 anos. Segundo ele, sua primeira composição foi uma música de rock chamada ‘Impactos Mentais’. A partir daí foi morar no Rio de Janeiro e começou a tocar em uma banda afro.

“Passei a desenvolver mais o lado da cultura popular, fui fazer músicas de micareta, carnaval, me apropriei da Axé Music e quando retornei à Bahia, em 1992, fiz a música ‘2 de fevereiro’, no dia que eu cheguei aqui. Era o Dia de Iemanjá. Depois vim para Feira e criei a banda afro Esquina, que depois virou uma banda de axé e fiz a composição ‘Melô dos Bairros’, que estourou na cidade na época. Depois veio ‘Quem dera’, ‘Segura a Peteca’, ‘Relógio’, e hoje tenho 115 músicas”, relatou sobre parte da sua trajetória.

O artista, que é também jornalista, poeta, e dramaturgo, trabalhou durante 12 anos como servidor da Câmara Municipal, de onde saiu recentemente para montar seu próprio site e uma TV Web. Mas, apesar de já ter trabalhado em outras frentes, a música sempre esteve presente em sua vida.

“A música de axé partiu do estímulo da família. Meu pai tocou em bandas de axé, na época que a percussão era na lateral, e desde pequeno ele levava eu e meu irmão, então o gosto pelo axé já vem de muitos anos”, justificou.