O paciente Eudes da Silva Araújo, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Mangabeira no dia 6 de agosto com fortes dores de cabeça.
Ao Acorda Cidade, a sobrinha, Patrícia Araújo Bastos, informou que o tio pode estar com um tumor no cérebro e necessita com urgência, ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), porém a regulação ainda não foi liberada por falta de vaga.
“Inicialmente meu tio foi atendido na Policlínica do bairro Tomba com fortes dores de cabeça. Lá, ele foi medicado e mandaram ele para casa. Já no sábado, o filho dele que estava acompanhando, percebeu que ele ainda não estava bem, levou para a UPA do Clériston, mas ao chegar lá, mandaram vir para UPA da Mangabeira. No momento que ainda estava fazendo a triagem, meu tio desmaiou, começou a vomitar e a pressão subiu tanto, que encaminharam ele para a sala vermelha, desconfiaram que poderia ser um AVC, solicitaram uma tomografia, fizemos de forma particular e constataram um nódulo no cérebro, mas ainda não se sabe se é um câncer ou uma massa. Já temos 10 dias aguardando esta transferência neste sofrimento e só temos respostas negativas. Tem dois dias que o filho dele estava acompanhando-o no banho e informou que ele teve uma crise convulsiva. A médica informou que isso pode ser proveniente da compressão que está tendo no cérebro, assim como a falta de oxigênio que está ocorrendo. Eles querem intubar o meu tio, mas a gente sabe que se fizerem isso, ele pode não reagir”, lamentou.
Ainda de acordo com Patrícia, Eudes da Silva ainda precisa realizar uma ressonância magnética.
“Meu tio precisa de um neurologista, precisa também passar por uma ressonância, inclusive deram um papel e precisamos correr atrás para fazer de forma particular, não sabemos nem o valor, mas queremos correr contra o tempo. Precisamos de um suporte como uma ambulância e transferi-lo daqui para a clínica e a médica está nos dizendo a todo instante, que se ele não for transferido o mais rápido possível ele corre vida de risco, o cérebro está fazendo compressões”, disse.
Outro caso
Ivan Almeida da Silva, está acompanhando a mãe Carmelita Gonçalves de Almeida, 72 anos e que nesta terça-feira (16), completa 30 dias de internada na UPA da Mangabeira.
Ao Acorda Cidade, ele contou que são naturais do município de Pintadas, mas por falta de recursos, preferiram vir à Feira de Santana, em busca de atendimento.
“Minha mãe teve uma infecção, atingiu os rins, o fígado, está com secreção no pulmão, o coração dela está fraco e nesse momento está sendo mantida por dois medicamentos, um para manter o coração e o segundo, para manter a pressão. Amanhã completam 30 dias que minha mãe está internada aqui, e até o momento não surgiu nenhuma vaga na UTI e o quadro dela está se agravando cada vez mais. São quatro filhos que estão se revezando nesta luta diária, não somos aqui de Feira, somos de Pintadas, e como lá não tem muitos recursos, decidimos vir para cá e durante todo este período, nós estamos ficando na casa de conhecidos. Infelizmente as notícias não são boas, o médico informou que ela não está reagindo muito bem e pode não aguentar por muito tempo”, concluiu.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Central de Regulação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), e aguarda retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram