Feira de Santana

Paciente diabética e com infecção dentária aguarda há mais de 3 meses exame ser realizado no CMPC

Ao Acorda Cidade, Maria Gina fez um desabafo sobre os atendimentos que são prestados à população de Feira de Santana.

Moradora
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Moradora do bairro Mangabeira em Feira de Santana, a aposentada Maria Gina Gonçalves Pinheiro, 55 anos, procurou a reportagem do Acorda Cidade na manhã de quinta-feira (4), para relatar um problema que já vem acontecendo desde 2023.

Segundo ela, no dia 15 de setembro, teria um Eletrocardiograma para ser realizado no Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC), mas o procedimento não foi realizado, pois neste mesma data, segundo ela, no atendimento haviam outras prioridades.

“Estive lá no CMPC no dia 15 de setembro, eu iria fazer um ECG, mas não fui atendida, a atendente simplesmente disse que não iria me atender, pois tinham outras prioridades, voltei para casa sem fazer o exame”, disse.

A mesma situação aconteceu no dia (3), quando tentou realizar um atendimento no Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (CADH) de Feira de Santana.

“Eu também sou diabética, sou hipertensa, estou precisando de um relatório médico para fazer um tratamento dentário, estou sofrendo com meus dentes, estou perdendo massa óssea, estou com uma infecção dentária e com vários problemas de saúde. Doa nada, chega uma advogada tumultuando tirando a vez das pessoas, querendo passar na frente de todo mundo, sendo que ela não tinha atendimento marcado, ela estava acompanhando o pai que também não tinha atendimento agendado, segundo ela, o pai estava com o açúcar alto, mas emergência e urgência é em UPA, e não no CADH”, informou.

Ao Acorda Cidade, Maria Gina fez um desabafo sobre os atendimentos que são prestados à população de Feira de Santana.

“Eu estou cansada, estou sentindo muitas dores, não sei mais o que faço de tanta humilhação nestes setores, estou em desespero, não sei mais o que fazer. Ficamos jogados para trás. As pessoas que realmente são prioridades, estão sendo humilhadas, maltratadas, é um verdadeiro depósito de ser humano, isso infelizmente só piora a minha saúde”, afirmou à reportagem do Acorda Cidade.

Além dos atendimentos que não está obtendo êxito, a aposentada também relatou das dificuldades em conseguir medicamentos através do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Além de ser diabética e hipertensa, eu já tive AVC, tenho outros problemas também de saúde, como problema psicológico, psiquiátrico, faço acompanhamento no CAPS, tomo diversos medicamentos, seja para açúcar, pressão, colesterol, coração, para a circulação e eu que tenho que comprar, pois não tem na rede pública. A última vez que comprei todos estes remédios, custaram cerca de R$ 540, e eu só recebo um salário mínimo”, contou.

A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, e a seguinte nota foi enviada:

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC) de Feira de Santana está em reforma desde essa terça-feira (2). Os pacientes que estavam com consultas agendadas para o período da reforma terão os atendimentos remarcados para a semana seguinte.

Para tirar dúvidas e obter informações, os pacientes podem entrar em contato com o CMPC pelo WhatsApp, através do número (75) 99904-0658.

A SMS também reitera que não há preferências pessoais, uma vez que os pacientes são atendidos conforme agendamento ou classificação de risco. É válido destacar que a paciente em questão não comparece de forma regular nas consultas com a equipe multidisciplinar do Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (CADH), o que, infelizmente, resulta em um diabetes de difícil controle.

Referente aos medicamentos comunicados pela paciente, três (3) são disponibilizados pela Central de Abastecimento Farmacêutica (CAF) do município:
Amplictil, Prometazina e Clonazepam.

Para fazer a retirada de medicamentos, é necessário que o paciente compareça até a unidade do seu bairro e apresente receituário médico e documento de identidade. Caso não esteja com a receita, o morador deverá ser avaliado pelo médico do local para ter acesso ao medicamento dispensado pela farmácia.

Somente em 2023, mais de 35 milhões de unidades de medicamentos foram distribuídas pela CAF.

Quem desejar ajudar Maria Gina, deverá entrar em contato pelo (75) 98143-1176.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários