A idosa Maria José Souza Silva, 63 anos, que foi diagnosticada com fibromialgia e fez um apelo em entrevista ao Acorda Cidade pedindo ajuda para conseguir os medicamentos, já que não estava conseguindo comprar e nem obter pelo Sistema Único de Saúde (SUS), agradeceu nesta quita-feira (24) o apoio dado pela comunidade.
“Muita gente se disponibilizou para me ajudar. Agradeço a Dr. Josman, um psiquiatra, pois ele me conseguiu uma receita com duas caixas, e a Bárbara, que faz parte de um grupo com pessoas que têm fibromialgia, que me conseguiu duas caixas e meia dessa medicação, com uma das amigas dela que também sofre com a doença, a Eliana, do 35º BI”, informou.
Ela afirmou que já está fazendo o tratamento por meio da medicação, mas espera que o Núcleo Regional de Saúde (NRS) disponibilize mais receitas amarelas para os hospitais e clínicas conveniados com a Secretaria de Saúde.
“Hoje estou feliz por estar tomando a minha medicação e espero em Deus que o NRS tenha um pouco de dignidade com as pessoas que sofrem com esse problema, que mande mais receita amarela. Porque eu soube na Secretaria de Saúde que estão vindo poucas, e os médicos que estão cadastrados não estão conseguindo pegar essa receita amarela. Tudo depende do NRS mandar mais blocos dessa receita. O remédio tem, agora a gente não está tendo a receita. Estamos marcando consulta com reumato, com o psiquiatra, com o médico da dor, mas os hospitais não estão tendo a receita”, afirmou a paciente.
O medicamento que Maria José utiliza é o Mytedon 10mg (Cloridrato de Metadona), e por falta das receitas amarelas, ela não estava conseguindo receber através do município, e sem ter condições de comprar, enfrentava muitas dores no dia a dia, tendo que ir para as unidades de saúde com frequência para tratar os sintomas.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o medicamento, no entanto, não faz parte da farmácia básica de saúde, e não tem a obrigatoriedade de ser distribuído pela assistência farmacêutica.
Veja a nota da SMS:
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O medicamento Metadona não faz parte do elenco da Farmácia Básica da Secretaria Municipal de Saúde, sendo assim, não tem obrigatoriedade de ser distribuído pela assistência farmacêutica.
Referente ao receituário na cor amarela, o médico que faz o acompanhamento do paciente deve solicitar o documento na Vigilância Sanitária.
A Secretaria de Saúde não confecciona o talonário na cor amarela. O papel é produzido pelo Governo Federal com um material específico e distribuído para o Núcleo Regional de Saúde, do Governo do Estado. Portanto, o Município fica dependendo do repasse do Estado.
O Acorda Cidade também entrou em contato com NRS para saber por que as receitas amarelas estão sendo distribuídas em quantidade insuficiente.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Leia também: Diagnosticada com fibromialgia, paciente sofre com dores por falta de receita médica
