Na manhã desta sexta-feira (5), foi realizada uma audiência pública para apresentar o projeto executivo da construção do último trecho do Anel de Contorno de Feira de Santana, entre a BR-324 até o bairro Cidade Nova (BR-116 Norte). Serão três novos viadutos e cinco passarelas, com a previsão de concluir o processo de licitação, contrato e ordem de serviço, ainda neste segundo semestre de 2024. Mais de 200 milhões serão investidos pelo Governo Federal através do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. A reunião aconteceu no Hotel Acalanto.
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Serão construídos os viadutos próximo à Rua Tupinambás, no bairro Mangabeira, outro próximo à entrada do bairro Santo Antônio dos Prazeres, na Lagoa Grande, e o terceiro no trecho da avenida Artêmia Pires (veja mais detalhes ao longo desta reportagem).
O ex-diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal, Vagner Gomes, conversou com o portal Acorda Cidade sobre a idealização do projeto, desde 2017 quando atuou na PRF e participou da análise de dois estudos sobre os pontos críticos do tráfego com o Dnit e a SMT.
“Ficamos até então em busca dessas intervenções. E acho que finalmente elas sairão. Foram e continuam tendo vários acidentes, principalmente nesse trecho onde não há duplicação. Os trechos, quando são duplicados, evitam demais esses acidentes graves e fatais. E nós temos dados que comprovam isso. A exemplo da primeira duplicação, que é ali do viaduto Cajueiro e do Viaduto da Pousada da Feira, a redução de acidentes graves e de mortes foi drástica. Agora está sendo entregue o outro trecho que liga à rotatória da Cidade Nova”, disse.
Segundo Vagner são pontos críticos os cruzamentos próximo ao restaurante Los Pampas, o da Artêmia Pires, Lagoa Grande e o cruzamento da Rua Tupinambás, que segundo ele, é o mais complicado de todos esses. Ele pontuou que a PRF levou essas informações para a concessionária ViaBahia que fez algumas pequenas intervenções ao longo dos anos.
“Foi levado, sim, como eu disse, intervenções pequenas foram feitas, a exemplo de um semáforo colocado ali na rua Tupinambás, mas que funcionou. O semáforo está lá, mas não funciona. Então, isso não trouxe mobilidade urbana à sociedade”, pontuou.
O diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Carlos Barros, destacou sobre o objetivo e a necessidade dessas novas intervenções na mobilidade urbana de Feira.
Era a última parte que estava faltando para podermos fazer a complementação desse contorno viário. Então, ele hoje traz a finalização desse contexto, desse anel viário, trazendo uma segregação daquilo que é fluxo para a cidade, daquilo que é transporte de médio, de longa distância. Isso vai facilitar a convivência entre o transporte de médio e longo alcance e aquele transporte que é o entre a cidade e os bairros”, explicou.
De acordo com o diretor, o edital será lançado até o próximo dia 22. Ele espera que a licitação seja bem sucedida, assim como o processo de assinatura do contrato, mais a ordem de serviço. Essas ações continuam previstas para o segundo semestre de 2024.
“Isso vai levar um tempo ainda, a nova lei impõe prazos mais extensos em relação ao lançamento de edital e abertura da licitação. Mas a gente espera que, ao longo do segundo semestre, a gente possa concretizar isso”.
A obra, que vai contemplar aproximadamente 7 km do anel viário, está prevista, segundo o projeto, para ser concluída dentro de um ano.
“Uma obra com as características que são desta obra, uma característica urbana, ela pode ter ali algumas interfaces. Então, é preciso haver o cronograma que está estabelecido em termos de edital para a gente poder dizer com clareza que pode ter um prazo estipulado. O edital traz isso”, disse.
Ainda segundo Carlos Barros, os locais escolhidos para implementar as passarelas foram estudados segundo as normas técnicas do projeto, mas há, sim, a possibilidade de rever os lugares conforme a necessidade da população.
“Isso não é totalmente fechado, logicamente que a gente tem que ouvir de novo, eu digo que há uma diferença entre a questão do que a técnica decide e às vezes é o que é a questão prática da convivência da comunidade com aquele equipamento, mas a gente pode fazer um olhar sobre isso e demonstrar o que está na norma, o que está tecnicamente definido com aquilo que a comunidade tem”, explicou.
Localizações das Passarelas:
- -Passarela 01: Próximo à Rua Manoel Nascimento e Av. Gen. Osório Duque Estrada;
- -Passarela 02: Próximo à Rua Serrolândia;
- -Passarela 03: Próximo à Rua Saracura e à Rua Passo Alegre;
- -Passarela 04: Próximo à Rua São Francisco de Assis.
- -Passarela 05: Próximo à Rua Umbuzeiro e à Rua Palmares do Sul;
Quem também está participando das discussões é o deputado federal José Neto. Ele esteve na audiência e disse ao Acorda Cidade sobre a obra que será executada com recursos garantidos pelo PAC.
“Graças a Deus agora a gente conseguiu um diálogo bom com o Governo Federal essa obra ela é, na verdade, desde 2014, a gente vem buscando resolver esse problema do contorno da duplicação por Serrinha, recentemente o presidente Lula esteve aqui, entregou uma parte do contorno, aquela que liga Cidade Nova até a Pousada da Feira, com vários problemas, porque nós não tivemos esse momento que nós estamos tendo aqui hoje, porque lá no governo passado não se fez o diálogo, não se buscou efetivamente ouvir a sociedade como a gente fez hoje, inclusive, com a presença da prefeitura que isso facilita o acesso às informações e a melhoria da conexão”, declarou.
Zé Neto ressaltou que além das duplicações, várias outras obras serão realizadas que devem beneficiar a população.
“Você vai ter pista de ciclismo, praças e espaços para exercícios físicos para idosos, para crianças, jovens, enfim e vai ter as pistas laterais que vão dar todo o suporte. Eu estava vendo aqui no espaço de sete quilômetros vão ter 11 passagens entre as que já existem, que são as do viaduto, a parte das passagens debaixo dos novos viadutos com passagens circulares com redutores de velocidade e vão ter as cinco passarelas, inicialmente eram três, a cidade reunida lá no CDL, na audiência pública que decidiu mais duas”.
O secretário municipal de planejamento, Carlos Brito, foi convidado pelo deputado para representar o poder executivo. Ele também compareceu.
A engenheira Monique Torrano da empresa RPA, responsável pelo projeto, também ressaltou que a construção do viaduto deve minimizar os problemas do tráfego na região. Ela falou sobre as dificuldades na elaboração do projeto e pontuou que a duplicação do Anel é indispensável. Segundo Monique, o estudo contou com 15 engenheiros, entre civis e agrônomos estruturais .
“No contexto urbano é complicado, é um projeto que se você faz em zona rural, um projeto de uma rodovia é mais simples porque ela tem menos intervenção, não tem toda a questão de uma rede elétrica, é uma rede de água, o próprio contexto da população. O grande desafio foi encaixar a necessidade da população dentro dos limites, evitando, inclusive, desapropriações que se causam de um projeto de um processo danoso e um processo demorado e é isso que a gente tenta evitar e seguir”, pontuou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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