As obras de reforma do Santuário Senhor do Passos, em Feira de Santana, estão paradas há cerca de sete meses. Além dos transtornos causados pelo isolamento de partes do Santuário, fiéis, sacerdotes e servidores estão convivendo com o risco de desabamento.
A obra começou em janeiro deste ano após a queda de um pináculo, uma estrutura que fica na parte mais alta do telhado. O Santuário, um dos pontos turísticos mais famosos da cidade, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
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“Pelo laudo, existem outras áreas na parte superior [com risco de desabar]. Nessa área onde caiu um pináculo, outros estão comprometidos. Existe uma espécie de grade de cimento entre um pináculo que oferece risco. Também tem uma estrutura que está comprometida em diversas partes”, disse o Padre Júlio Santa Bárbara, reitor do Santuário, ao Acorda Cdiade.
Segundo o sacerdote, diversas reuniões com representantes do Ipac e da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) foram realizadas na tentativa de acelerar o processo de reforma. Atitude que até o momento se mostrou insuficiente.
“Já se passaram muitos meses e para nossa surpresa nenhuma providência efetiva foi tomada. Diante do que aconteceu e, até pela importância que essa igreja representa para Feira de Santana, nós recebemos a garantia do Ipac, de membros do governo do Estado da Bahia e da própria Conder, que essa obra estaria sendo realizada em caráter emergencial”, disse.
Para o sacerdote, obra que ele acreditava ser rápida, se transformou em um grande transtorno. O atraso na conclusão do serviço também está impactando no fluxo de visitantes.
“Nós precisamos interditar as laterais da igreja onde estão os banheiros. Os tapumes são um problema porque pessoas em situação de rua fazem suas necessidades fisiológicas na frente da igreja. Trazendo transtorno para as pessoas que adentram o nosso templo e para os funcionários que têm que limpar constantemente essas coisas. As pessoas não querem vir à igreja”.
O padre acredita que se a obra fosse conduzida de forma particular, sem a necessidade de participação e da autorização de entidades ligadas ao governo, o serviço já estaria muito mais avançado.
“Se nós abríssemos uma campanha para fazer a reforma dessa igreja com certeza seria muito mais rápido. Mas diante do fato de que esse templo é tombado pelo patrimônio histórico, só posso continuar insistindo, pedindo providência ao governador Jerônimo Rodrigues, ao Ipac e à Conder para que seja acelerada essa reforma”, finalizou o reitor.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Conder e com o Ipac, e aguarda retorno dos órgãos.
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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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