Feira de Santana

'O motivo principal para o encerramento das atividades é a pandemia', lamenta sócio da Princesinha Sorvetes

O encerramento definitivo das atividades da empresa será na próxima segunda-feira (18).

Gabriel Gonçalves

Até a primeira quinzena do mês de junho do ano passado, a pandemia do novo coronavírus provocou o fechamento de 522,7 mil empresas em todo o Brasil, de acordo com pesquisas feitas através das Estatísticas Experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pandemia que afetou diretamente a economia a vida das pessoas e de muitas empresas, fez com que mais uma empresa feirense fechasse as portas, encerrando as atividades definitivamente.

Na tarde de ontem (10), a Princesinha Gelo e Sorvetes, empresa pioneira no abastecimento principalmente de gelo para Feira e região, emitiu um comunicado, informando o encerramento das atividades no município após 60 anos. O encerramento definitivo das atividades da empresa será na próxima segunda-feira (18).

Em entrevista ao Acorda Cidade, um dos fundadores, Antônio Monte Gomes, explicou que após a pandemia da Covid-19, foi difícil manter a empresa ativa e permaneceu com as atividades até o último momento.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

"O nosso motivo principal para o encerramento das atividades, é a pandemia. O nosso fundador morreu que era Francisco e logo depois, o filho Pedrito também veio a falecer. Eu junto com Rosângela, continuamos à frente da empresa, mas as dificuldades continuaram, muitas mudanças e a melhor opção foi fechar a empresa", explicou.

A família que veio do Ceará, escolheu Feira de Santana ainda na década de 60, como principal espaço para a comercialização. De acordo com Antônio, a empresa se tornou referência na região pela distribuição de sorvetes, picolés e gelo.

"O nosso principal produto comercializado aqui era o gelo, nós fomos pioneiros aqui em Feira de Santana, nos tornamos referência dos produtos, tanto de gelo e de sorvetes e chegamos aqui na década de 60. Viemos do Ceará, e desde aquela época que tínhamos escolhido Feira de Santana como um bom mercado e que realmente deu certo", afirmou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O grupo chegou a ter cerca de 17 funcionários, mas ao longo dos anos e com as dificuldades enfrentadas, o quadro precisou ser reduzido. Segundo Antônio, a concorrência na cidade também aumentou apresentando preços desleais.

"Atualmente só tinha eu e Rosângela à frente da empresa e mais 6 funcionários, mas tivemos época aqui, que precisamos ter 17. Ao longo desse período, o mercado foi mudando muito, a concorrência aumentou com o tempo e até questão de preço ficou desleal", destacou.

Após 60 anos prestando serviço ao município de Feira de Santana e região, Antônio Monte Gomes, diz que agora no momento, só resta agradecer a todos os clientes que de forma fiel, formavam filas aos finais de semana para garantir o sorvete do domingo.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

"Nossos produtos aqui sempre foram naturais, tanto os picolés, quanto os sorvetes. Vendíamos aqui o kg do sorvete por R$ 20, e graças a Deus, tivemos aceitação na praça e só nos resta agradecer a todos os clientes que sempre foram fiéis. Eu não imaginava que teria essa repercussão toda, algumas pessoas até disseram que não deveríamos fechar, pelo menos passar para outra pessoa, mas realmente, no momento só nos resta agradecer de forma eterna, toda a fidelidade por parte dos clientes que tiveram com a gente", concluiu.

Fotos: Paulo José/Acorda Cidade

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

 

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