Feira de Santana

'O mais importante nesse momento é a garantia do emprego', diz prefeito sobre paralisação do transporte público

Os repasses financeiros da prefeitura para as empresas estão acontecendo de forma normal, disse Colbert.

Gabriel Gonçalves

O município de Feira de Santana amanheceu nesta quinta-feira (21) sem transporte público, prejudicando todos os populares que dependem da condução para se deslocar, principalmente com destino ao trabalho.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins declarou que tomou conhecimento da situação hoje mesmo e destacou que é um problema interno envolvendo o sindicato, trabalhadores e as empresas Rosa e São João.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

"Essa é uma situação que deve ser resolvida entre o sindicato, trabalhadores e as empresas. Até dia 31 de dezembro, o Governo Federal pagava 70% do salário, e as empresas pagavam os outros 30, mas agora essa realidade mudou e as empresas estão tendo essas dificuldades naturais em relação à economia. Feira de Santana tinha entre 100 a 110 mil passageiros e hoje não consegue chegar a 50 mil. Eu acho que nesse momento, o mais importante é a garantia dos empregos e que tanto as empresas quanto os trabalhadores cheguem ao acordo para não continuar prejudicando o direito de ir e vir das pessoas, pois elas sim, são as maiores vítimas nesse momento, que trabalham e dependem do transporte público, mas estão sendo prejudicadas em razão do bloqueio feito nas portas das empresas impedindo que os ônibus saiam", destacou.

Os repasses financeiros da prefeitura para as empresas estão acontecendo de forma normal. De acordo com o prefeito, o maior problema é o pagamento que estava sendo feito pelo Governo Federal, e agora as empresas estão com dificuldades para pagar os funcionários.

"Nós estamos fazendo os repasses permanentes, não está tendo nenhum tipo de atraso, o que nós estamos fazendo nesse momento é a atualização de todos eles, inclusive do que venceu agora em dezembro e nós já estamos pagando. Mas a questão foi a forma de pagamento feita pelo Governo Federal, esse plano encerrou em dezembro e agora as empresas estão enfrentando outra realidade. Elas são responsáveis pelo pagamento total dos funcionários agora, mas devem estar atravessando algumas dificuldades. Porém o nosso apelo é o direito de ir e vir de todo mundo que é sagrado e tem que ser respeitado e, segundo, a manutenção dos empregos. Nesse momento, é o dever de todos nós buscar a garantia dos empregos, já vimos aí a Ford e não queremos mais nenhuma perda de empregos aqui na Bahia", disse ao Acorda Cidade.

Por conta da suspensão do serviço de transporte público, a prefeitura destinou mais de 100 vans do transporte alternativo para circular na cidade.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade 

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