Nesta quarta-feira (18), foi inaugurada a linha do BRT-2 (Bus Rapid Transit) de Feira de Santana. A nova operação do transporte público atenderá os passageiros nas avenidas Ayrton Senna, Iguatemi, João Durval Carneiro e parte da Getúlio Vargas. O projeto conta com 20,5 km de extensão nos principais corredores da cidade. São 14 ônibus articulados, equipados com ar-condicionado e espaço acessível para até dois cadeirantes, que atenderão cerca de dois mil passageiros por dia.
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Dois ônibus convencionais da empresa São João também integram a operação, realizando as linhas Jomafa/HGCA e 02-Shopping Boulevard via Terminal Sul pelo modal FeiraMOB.
Autoridades municipais estiveram presentes nas estações e percorreram os trajetos que os veículos vão realizar. Entre eles, estavam o prefeito de Feira, Colbert Martins, e o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Colbert Martins explicou que o serviço foi realizado em parceria com as empresas privadas Rosa e São João, e destacou que gostaria da participação de outros poderes (estadual e federal) no subsídio dos investimentos.
Segundo o prefeito, ainda é necessário mudar a infraestrutura da cidade, bem como seu comportamento, para que o BRT possa operar com 100% de eficiência.
“Temos que mudar todo o sistema semafórico da cidade. As sinaleiras são antigas. Estamos comprando sinaleiras inteligentes. Feira de Santana precisa ser cada vez mais adequada para convivermos com os transportes privados e públicos. Digo também da necessidade de melhorar a relação com motos que não obedecem à sinalização e pessoas que usam seus carros e jogam lixo nas ruas”.
Colbert também destacou que está sendo discutida a compra de mais 12 ônibus elétricos. Atualmente, a cidade deve contar com 20 ônibus operando no BRT 1 e 2, além de 150 veículos convencionais, segundo o prefeito.
“Em Feira, circulam cerca de 30 mil quilômetros por dia. Nós temos uma zona rural que também precisa ser atendida. É necessário que avancemos para que tenhamos mais pavimentação nas estradas rurais”.
Sérgio Carneiro informou ao Acorda Cidade que o BRT-2 é um complemento do BRT-1, destacando que a nova operação vai atender cada vez mais trabalhadores, sendo a maior linha do sistema.
“Agora fizemos uma extensão do BRT-1, que saía do terminal central até o terminal da Noide. O prefeito fez uma obra na saída do terminal da Noide para que os ônibus pudessem acessar a rua Tobias Barreto e já integrar a linha na Artêmia Pires até o Jardim Brasil. Foi determinada a duplicação da Artêmia Pires, o que trará um fluxo maior de trabalhadores e usuários. O BRT-1 estendido sai do terminal central, passa pela Avenida Getúlio Vargas, sobe o viaduto duplicado, segue pela Noide Cerqueira, entra no terminal da Noide, sai na Tobias Barreto, percorre a Artêmia Pires, vai até o Jardim Brasil e retorna. É a maior linha urbana do nosso sistema, com 27 quilômetros de ida e volta”.
O secretário de Mobilidade destacou que muitas estações foram vandalizadas, mas que os equipamentos foram recuperados e entregues à população.
“São 274 viagens, 14 ônibus que transportarão, em média, 2 mil pessoas por dia. O BRT-2 vai atender vários bairros, como Conceição l, ll e lll, Conder, Alto do Papagaio e Mangabeira. O prefeito Colbert terminará seu mandato com mais de 47 quilômetros de linhas de BRT”, afirmou o secretário.
O BRT de Feira de Santana custou R$ 88.393.551,97, com 21,31% dos recursos destinados a obras de drenagem, 32,48% à construção de túneis (trincheiras), 3,50% à elaboração e montagem do Centro de Controle Operacional (CCO), 11,48% aos terminais de transbordo (Pampalona, Ayrton Senna e Noide Cerqueira), 5,95% à construção de novos abrigos e estações BRT, e 25,28% à infraestrutura dos corredores Getúlio Vargas e João Durval Carneiro.
No total, são quase 50 km de extensão. O secretário acrescentou que a obra foi direcionada para cobrir diversos setores da mobilidade urbana.
“Na verdade, foram usados 88 milhões, 12% a menos do que o previsto, para fazer a trincheira da Avenida Getúlio Vargas com a Maria Quitéria. Essa é uma obra de mobilidade urbana por onde passam mais de 30 mil carros por dia. Foi feita uma drenagem central espetacular, um canal linear subterrâneo, que permitiu a requalificação do projeto Centro. Feira de Santana é resultado do trabalho de vários administradores, de várias pessoas, feito a muitas mãos, por quem ama esta cidade”, acrescentou Sérgio Carneiro.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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