Será realizada no próximo dia (28), às 19h no Observatório Astronômico Antares no bairro Jardim Cruzeiro em Feira de Santana, a Noite do Morcego.
O evento faz parte de uma programação voltada para mais conhecimentos sobre os morcegos e de um conjunto de eventos que será realizado pelo Grupo de Pesquisas em Zoonoses e Saúde Pública da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), com diversos parceiros (Uesc, UEM), financiado pela Fapesb no Edital POP Ciências 2023 e apoio da Induslab.
O objetivo do evento é apresentar os morcegos com um olhar da ecologia e conservação, demonstrando como estes animais são importantes para a saúde dos ambientes urbanos, rurais e nas matas, e também para o bem-estar do ser humano, tentando então desmistificar uma série de preconceitos em relação a estes importantes animais.
As inscrições podem ser feitas através do site
Além da Noite do Morcego, haverá também pela manhã um ciclo de palestras voltadas para professores, alunos e comunidade. Os menores de 18 anos devem estar com acompanhantes também inscritos no evento.
Aristeu Vieira da Silva, médico veterinário, doutor em doenças tropicais, especialista em zoonoses e saúde pública e professor da Uefs, falou mais sobre o evento. Segundo ele, haverá uma trilha guiada com monitores onde o grupo de inscritos verá os morcegos do Observatório Astronômico Antares.
Ele informou que o morcego é um animal noturno e dependendo do que se alimentam, os morcegos têm funções diferentes. Na Bahia existem 109 morcegos, no Brasil 184 e no mundo 1.400 espécies.
Dos 1.400 do mundo, de acordo com ele, somente 3 espécies de alimentam de sangue, mas não sugam o sangue. Mordem os animais de produção, o sangue escorre e eles lambem. São animais como cavalos, bois, e onde estiver esses animais, eles precisam estar vacinados contra a raiva, porque o morcego pode estar contaminado e transmitir o vírus.
“Muitos são polinizadores, insetívoros, comem insetos, variados, inclusive o mosquito da dengue. Chegam a comer cem mosquitos em uma noite. Podem ajudar a controlar a população desses mosquitos e a transmissão de doenças. Também comem barbeiros e insetos que são pragas agrícolas e isso pode diminuir a utilização de defensivos agrícolas
Aristeu Silva pontuou que é preciso que as pessoas tenham muito cuidado com o contato com os animais silvestres e em caso de qualquer ocorrência envolvendo morcegos ou outros animais, o Centro de Zoonoses deve ser acionado.
Ouça a entrevista na íntegra
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