12 de junho, Dia dos Namorados, foi a data escolhida pelo casal Ednalva Mercês Ramos e Dorivaldo Carneiro da Silva para fidelizar o amor na Igreja Matriz de Santana Bárbara. Entre namoro, noivado e casamento são 31 anos celebrados sempre na data especialmente escolhida para firmar o matrimônio e comemorar a união.
Pensando em um momento tão emblemático que é a data, o Acorda Cidade conversou com Ednalva para descobrir como foi que os dois chegaram a tantos anos de um matrimônio feliz e realizado para ambas as partes.
Como tudo começou
A aproximação do casal aconteceu porque seus pais negociavam gado juntos, o que levou Ednalva a conhecer o esposo. Em uma dessas oportunidades, ela precisou entregar um pagamento que seu pai pediu. Essa foi a primeira vez que ela avistou o companheiro.
O ‘primeiro encontro’ aconteceu no trabalho, na época, ela já estava apaixonada pelo ‘vaqueiro’ e ele por ‘essa mulher trabalhadora arretada’. A partir daí não faltou coragem para pedir o telefone e iniciar uma grande história de amor. Carneiro foi o responsável por dar o pontapé inicial.
“Nosso primeiro encontro se deu no meu trabalho, quando ele se interessou, disse que gostou muito de mim, pediu o meu contato, eu também gostei do vaqueiro e daí então, no meu aniversário a gente iniciou o xaveco, a paquera e damos continuidade na semana seguinte. Meus pais pediram para falar com ele, porque eu não escondia nada dos meus pais e meu pai disse a ele: não tenho filha para ‘xarfudiação’, as minhas filhas são para casar”, disse Ednalva.
Na primeira vez que Ednalva viu ele em sua porta, tomou um susto ao ver o porte do vaqueiro, mas logo depois, Dorivaldo se apresentou e ela reconheceu o famoso ‘Bal de Dorivaldo’, que cuida dos negócios do pai pela região.
“No início ele me achou bonita, inteligente, mas depois disse, misericórdia, essa mulher é braba. Aí na convivência ele foi vendo que não era nada daquilo e se apegou muito mais. As coisas mais engraçadas nossas foi durante o casamento, eu fui fazer mestrado em São Paulo, na PUC e no retorno a gente se encontrou na fazenda e quando a gente se abraçava, apareceu uma cascavel e a gente com medo, nos rolamos pelo chão, foi um momento muito engraçado”, relembrou.
A força e as raízes que cada um carrega, foi fundamental para haver o olhar terno, sincero e de admiração que um tem pelo outro. Ele, um empreendedor de gado valoroso e ela, uma mulher independente e de uma inteligência ímpar, somaram o par perfeito.
O namoro dos dois foi uma união almejada pelos pais, das duas partes. Todos brincavam que gostariam que as famílias se unissem, então, o encontro de almas entre Ednalda e Dorivaldo já estava predestinado para acontecer.
O professor/lavrador e a dona de casa, pais de Ednalva confiavam na escolha da filha e o criador de gado e a professora, pais do esposo, também depositaram fé na união do casal.
Toda essa conjuntura foi imprescindível para os dois superarem qualquer obstáculo ao longo dos mais de 30 anos juntos, inclusive, permanecendo o desejo de viver juntos por mais anos e anos.
“A minha sogra, inicialmente, ficou com o pé atrás, mas eu também muito danada, marquei presença e tenho provado até hoje que não fiz feio, graças a Deus e não farei. Meu esposo hoje é parte da minha vida, a gente vive e enfrenta todas as adversidades para estar juntos nesses 31 anos. Não é fácil, mas a gente tem vencido e há de vencer. Quero morrer ao lado dele”, declarou-se Ednalva.
A fidelidade foi uma das características apontadas por Ednalva que ela mais admira no esposo. Estar com ele na roça é uma das memórias mais felizes que ela pode desfrutar nesta vida.
“Curtir o mato, o cheiro. Tenho muito orgulho das minhas origens, das origens dos meus pais. Ele tomou a iniciativa de me visitar, foi lá em casa, rolou uns beijinhos e partimos logo para o relacionamento sério, porque eu fui logo dizendo que não queria namorico, queria namorar para casar”.
Dorivaldo, o mais romântico, segundo ela, é um muito carinhoso, pegajoso e tudo que faz em sua vida é para ela e a família, outra coisa que faz ela admirar o eterno namorado.
“É o homem que toda mulher gostaria de ter ao lado, fiel, romântico, cuidadoso, companheiro em todos os momentos. Creio que pela linhagem familiar ele é assim. A minha sogra me conta da convivência familiar e creio eu que ele herdou isso do pai”.
Ao longo de tantos anos de companheirismo, dedicação e sobretudo, amor, o casal segue vivendo e se amando, construindo e reforçando os laços criados um ao lado do outro. São memórias vivas que permanecem até hoje ensinando as próximas gerações que há beleza em se construir uma boa relação, um verdadeiro amor.
Ednalva e Dorivaldo tem três filhos que convivem com o amor dos pais e que, poderão levar para vida o exemplo de companheirismo, responsabilidade afetiva, carinho e muito, mas muito amor.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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