Ministra da Cultura, a cantora baiana Margareth Menezes, é neta de um tropeiro do município de Antônio Cardoso, que era conhecido pelo nome de João de Docha . No município moram ainda muitos descendentes dele, parentes próximos da ministra. Na última eleição municipal, um tio de Margareth chegou a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. Antônio Cardoso faz parte da região de Feira de Santana, cidade com a qual mantém, desde os tempos antigos, uma intensa relação econômica e social. O parentesco de Margareth com João de Docha está registrado no livro do historiador Telito Santiago, “Umburanas”, que conta a história da formação do município até os dias atuais.
“Pegando carona” nessa informação preciosa, o grupo que, todas as segundas-feiras, faz o Samba na Praça do Tropeiro, em Feira de Santana, tendo à frente o sanfoneiro Luizinho dos 8 Baixos, vai fazer uma homenagem à ministra, a nomeando como “Madrinha” do evento e convidar o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, para fazer chegar a ela a homenagem.
O Brasil deve parte de sua unificação aos tropeiros que percorriam a colônia de um extremo a outro, transportando mercadorias de todos os tipos, tangendo tropas de burros, incansáveis. São personagens e agentes do desenvolvimento de muitas cidades e lugares. Tão importantes, que nos dias de hoje, em alguns lugares, o tropeirismo continua a ser fonte de renda, transformado memoriais de visitação e turismo, como é o caso do estado do Paraná onde a “Rota dos Tropeiros” é parte importante desse segmento econômico. Os ‘Tropeiros da Borborema’, em Campina Grande, são quase uma instituição presente nas artes e na história econômica. Em Feira de Santana, a sensibilidade do prefeito Zé Falcão possibilitou a construção da praça e das imponentes esculturas que homenageiam esses heróis anônimos e populares da nossa história.
Fonte: Blog da Feira
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