Ney Silva
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A dona de casa Marisângela de Jesus dos Anjos, 37 anos, que estava com 4 meses de gravidez e morava na rua Caravelas, 265, no bairro Chácara São Cosme, morreu na madrugada do último sábado (29), após ser medicada na policlínica do conjunto Feira X. A família da paciente suspeita de negligência médica e já prestou queixa na Polícia Civil pedindo que o caso seja apurado.
O marido da paciente, o metalúrgico Adeilton Alves de Sousa, informou que a médica Cintia Zubieta, que estava no plantão da Policlínica, teria colocado
dificuldades para dar atenção a Marisângela ao ser informada de que o estado clínico dela era complicado.
De acordo com Adeilton, a mulher dele estava com falta de ar e ficou na políclínica em uma cadeira de rodas porque não conseguia se sustentar.
Ele informou que Marisângela foi atendida inicialmente por dois médicos e piorou o estado de saúde com a chegada da médica."Minha esposa não aguentava andar", afirmou.
Ele disse que quando Marisângela apresentou sinais de que ia morrer, a médica pediu a alguém da família para providenciar uma medicação (receita acima). Quando o remédio solicitado chegou já era tarde. "Minha mulher morreu quando estava sendo ministrada a sexta nebulização. A Drª Cíntia usou adrenalina e foi isso que a matou", afirmou Adeilton.
Ele prestou queixa contra a médica no Complexo Policial e informou que vai entrar com uma ação criminal. Marisângela de Jesus foi sepultada na manhã deste domingo (30).
A cozinheira Maria Bernadete de Jesus, mãe da paciente, disse que logo que Marisângela recebeu a medicação, começou a se sentir mal. " Parece que minha filha estava dando uma parada cardíaca e
logo morreu", afirmou.
Na policlínica do conjunto Feira X, a médica Cíntia Zubieta não foi localizada e nem a coordenadora. A secretária de saúde Denise Mascarenhas informou que tomou conhecimento do fato, mas que só poderá se pronunciar após receber relatório dos procedimentos da equipe que estava de plantão, o que será feito a partir da próxima quarta-feira, após o feriadão.
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