Feira de Santana

Muitas pessoas na rua e longas filas em bancos marcam prolongação de quarentena em Feira

Mesmo com as recomendações de manter o isolamento social, movimento de carros e pedestres estava intenso e as agências bancárias registraram longa filas.

Rachel Pinto

Mesmo com as recomendações das organizações de saúde e dos governantes de manter o isolamento social e evitar aglomeração como forma de prevenção e propagação do coronavírus, Covid -19, muitas pessoas foram às ruas de Feira de Santana nesta terça-feira (31), como tem feito em outras oportunidades. O movimento de carros e pedestres estava intenso e as agências bancárias registraram longa filas como tem acontecido desde a semana passada.

O centro comercial entrou na segunda semana de quarentena com alguns serviços a mais liberados para funcionamento (Veja aqui) e com a presença de várias pessoas pelas ruas (mesmo com a maior parte do comércio fechado), com as mais diversas justificativas para saírem de suas casas.  

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Funcionando com horário diferenciado e com a indicação de dar prioridade ao atendimento aos idosos, os bancos foram alvo de muitas reclamações da população. Vários clientes relataram ao Acorda Cidade que as instituições não estão cumprindo os protocolos de sinalização para que as pessoas mantenham entre si um metro de distância que os funcionários não estão preparados para atender aos clientes com essa nova realidade.

A professora Isabel da Silva Santos contou que esteve no banco ontem (30) e não conseguiu resolver o que precisava e hoje foi novamente tentar o atendimento. Indignada com o que encontrou, ela disse que não conseguiu ser atendida e estava voltando para casa. De acordo com ela, as pessoas estavam aglomeradas na fila e os banco não estava conseguindo atender a demanda dos clientes. Ela estava preocupada com o contágio do coronavírus e também com o grande movimento de pessoas que presenciou nas ruas.

“Os funcionários das agências não estão preparados para atender as pessoas e há também uma falta de consciência da população. Diante das informações de que no mês de abril haverá um maior contágio, poderemos ter uma contaminação em massa. Eu acho um absurdo. Já estou voltando para casa”, afirmou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O aposentado Davi Pereira Silva, de 81 anos estava desde às 7h da manhã na fila aguardando para sacar o benefício da aposentadoria. Segundo ele, os idosos não estão tendo tratamento diferenciado e estão se aglomerando nas filas.

“Ninguém aqui vê a cara de ninguém. Eu vim sozinho porque minhas filhas estão trabalhando e os netos são pequenos. Não colocaram faixas para separar a gente e está complicado”, frisou.

O idoso Max Andrade também reclamou do atendimento no banco e da quantidade de pessoas que estavam próximas umas das outras.

“Tem uma parte da fila dentro da agência e a outra parte fica exposta no sol. Falta educação das pessoas, falta o atendimento e está muita bagunça e desorganização”, lamentou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O movimento também é grande na Avenida Fraga Maia nos finais de tarde (Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade)

 

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