Feira de Santana

MP pede que pelo menos 30% da frota de ônibus volte a circular em 24 horas

Os promotores afirmam que encaminharam recomendação à prefeitura para que ela assumisse a responsabilidade do município de garantir a prestação de serviço.

Acorda Cidade

O Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou, nesta quinta-feira (20), ação civil pública com pedido de liminar para que a Justiça determine ao Município de Feira de Santana a intervenção no serviço de transporte coletivo de passageiros da cidade, com a finalidade de colocar em circulação pelo menos 30% da frota de ônibus em um prazo de 24 horas.

Caso o pedido dos promotores de Justiça Tiago de Almeida Quadros e Márcia Morais dos Santos Vaz seja acatado, o Município deverá nomear interventor e manter a intervenção até que entre em vigor eventual contrato emergencial firmado pelas empresas de transporte com o objetivo de restabelecer imediatamente o serviço. A intervenção é prevista pelo contrato de concessão.

Segundo os promotores, o Município sinalizou na quarta-feira (19) que as empresas vencedoras da última licitação de concessão do serviço concordaram em assinar um contrato emergencial, mas isso dependeria de um deslocamento de veículos do estado de São Paulo para Feira de Santana, o que demandaria pelo menos três dias.

Tiago Quadros e Márcia Vaz lembram na ação que o serviço de transporte coletivo de Feira está prejudicado desde o último dia 16, quando as empresas que operavam o sistema desde a primeira licitação, ocorrida em 2005, resolveram recolher todos os ônibus porque não concordaram com o resultado do último processo licitatório. Elas teriam que prestar o serviço até o próximo dia 25, data até qual os antigos contratos de concessão foram prorrogados para evitar a interrupção do serviço.

Os promotores afirmam ainda que encaminharam recomendação à Prefeitura para que ela assumisse a responsabilidade do Município de garantir a prestação, continuidade e qualidade do serviço, por meio de medidas judiciais cabíveis, fazendo as concessionárias disponibilizar ao menos 30% da frota, o que não foi realizado.

“Enquanto isso, a população de Feira de Santana vem sendo drasticamente penalizada, visto que obrigada a se submeter, por tempo indeterminado, a um modelo precário de transporte coletivo, realizado de improviso por veículos alternativos, pondo em risco a segurança dos passageiros”, escreveram os promotores na ação.
 

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