Feira de Santana

Movimento foi considerado fraco no comércio de Feira após três dias de Lockdown

Movimento foi abaixo do esperado.

Laiane Cruz

O comércio de Feira de Santana reabriu as portas nesta quarta-feira (3), após o lockdown iniciado na última sexta-feira (26) e prorrogado até às 05h de hoje. No entanto, o movimento de clientes nas lojas foi aquém do esperado pelos lojistas.

A funcionária de uma loja de confecções femininas, Rosa Rodrigues, afirmou que hoje o dia foi parado, mas a expectativa é de melhora nos próximos dias. “Não esperava vender tanto, porque com a covid as pessoas estão com medo de vir ao centro da cidade”, explicou.

De acordo com Franciele Silva, gerente de uma loja de móveis do centro da cidade, os clientes estão voltando aos poucos, pois muita gente não quer sair de casa, em prevenção ao coronavírus.

“Hoje não foi como o esperado, a gente esperava uma quantidade maior de clientes na loja, mas também não foi um dia ruim. Vamos voltar às atividades, correr atrás, pra ver se a gente consegue bater a nossa meta no final do mês. Hoje eu não senti muita gente circulando no comércio, o maior movimento que teve foi pela manhã”, disse ao Acorda Cidade.

Para Franciele, a abertura do comércio não interfere no número de casos da doença. “Eu acredito que o comércio em si não interfere muito nessa questão da pandemia. Eu acredito que o que interfere mesmo são festas acontecendo, aglomerações nos bairros, isso aí que está atingindo mais o pessoal”, opinou.

Já a gerente de uma loja de calçados, Gisleide Lopes, disse que infelizmente as pessoas estão receosas de irem ao comércio. "Apesar de que estamos com todas as precauções, as pessoas não estão vindo. O problema está nos coletivos, que só andam cheios”, avaliou.

Mas para Vanio Santos, proprietário de uma delicatessen, o movimento hoje não foi tão ruim. “Foi ótimo, porque estava crítico esses dias fechados. Temos folha de pagamento para cobrir, e o movimento superou as expectativas nesta quarta-feira”, destacou.

Em relação ao fechamento do comércio durante o lockdown, a infectologista Melissa Falcão ressaltou que os estabelecimentos não são o principal fator de contaminação, no entanto há um somatório de situações e quando não há um número adequado de leitos para a população, com pessoas morrendo, não é possível deixar todos os setores liberados.

“Eu entendo que todos os empresários estão sufocados, estão em um momento difícil também na parte do comércio. Cada um quer garantir a sobrevivência da sua família, dos seus funcionários, e nós queremos garantir a sobrevivência de vocês e de toda a população. Então são decisões que não são fáceis de tomar. Eu acho que ninguém fica confortável com a decisão de abrir e fechar o comércio ou qualquer outro estabelecimento comercial", afirmou.

Lembrando que, pelo novo decreto publicado pelo prefeito Colbert Martins, o comércio assim como outros estabelecimentos não essenciais só poderão funcionar até as 17h da próxima sexta-feira (5), quando se inicia um novo lockdown até as 05h de segunda-feira (8).

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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