Ney Silva e Rachel Pinto
Os transportadores escolares de Feira de Santana estão passando por momentos de dificuldades por causa da suspensão das aulas em decorrência da pandemia da covid-19. Na manhã desta terça-feira (11), um grupo se reuniu ao lado do estádio Joia da Princesa em Feira de Santana, para chamar a atenção sobre esta situação.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O secretário da Associação dos Transportadores Escolares e de Turismo de Feira de Santana, Kleber Rios Lima, contou ao Acorda Cidade que a categoria está em busca de uma linha de crédito junto ao governo da Bahia e na opinião dele, o ano de 2020 em relação a tudo que está ligado à educação, é um ano perdido.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Kleber relatou que a linha de crédito já foi autorizada e só falta o governo assinar para que ela seja liberada. Ele salientou ainda, que este recurso pode ajudar muito a categoria, uma vez que muitas pessoas estão passando dificuldades até para comprar a alimentação e manter outras despesas básicas.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Nós estamos aqui para reivindicar uma linha de crédito que o governo não assinou ainda. Foi criada no período de pandemia para dar um suporte a nossa classe que é do transporte escolar privado. Esse é um movimento que estamos fazendo na Bahia inteira, não só em Feira, mas em Salvador, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Camaçari e a gente quer essa linha de crédito para poder ter uma dignidade nesse período de pandemia. Pra a gente se alimentar, pagar prestação de veículo, emplacamento, alguma manutenção que ficou pendente. Estamos a mercê, o governo estadual não está nos vendo, os bancos não liberaram nada para a gente, o governo municipal também não. Já pedimos ajuda ao governo municipal de cestas básicas, temos colegas que estão passando necessidade, estão vendendo carros, devolvendo para o banco, sem ter o que fazer. A gente tem esse direito da linha de crédito, só falta o governo estadual assinar e liberar”, explicou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O transportador escolar informou que desde o dia 17 de março de 2020 que a classe está parada e que a situação está tão crítica que ele não duvida que possa acontecer uma tragédia com algum colega que enfrenta dificuldades financeiras. De acordo com ele, estão sendo realizadas campanhas para arrecadar alimentos, mas muitos trabalhadores estão com alugueis, contas de água e luz atrasadas e também as prestações dos veículos.
“São prestações caras, porque são veículos novos e a própria lei exige um veículo com cinco anos de uso. Só dependemos do governo para nos ajudar. Os trabalhadores não têm o que comer, nem dar o sustento às famílias. É uma situação de desespero e eu acredito que este é um ano perdido para todos que estão ligados a área de educação”, lamentou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade