Feira de Santana

Motociclistas de aplicativos realizam encontro para discutir segurança durante as corridas

Há pouco mais de dois anos, o aplicativo 99 anunciou o serviço de viagens com moto para nove cidades do país. Feira foi uma delas. 

Motociclistas de aplicativos
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Uma modalidade que tem crescido em todo o país entre as corridas de aplicativo de transporte são os atendimentos realizados com motocicletas, pelo chamados “Uber moto” ou “motoboys”. Em Feira de Santana, essa realidade não é muito diferente, tanto que os trabalhadores da área já estão se organizando para pedir mais respeito e atenção para a categoria. Pensando nisso, a União de Motoristas por Aplicativos se reuniu na manhã deste sábado (3), na praça Kalilândia para discutir sobre a segurança no trabalho. 

Motociclistas de aplicativos
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Há pouco mais de dois anos, o aplicativo 99 anunciou o serviço de viagens com moto para nove cidades do país. Feira foi uma delas. 

Participantes do grupo ‘Família 99’, relataram à reportagem do Acorda Cidade como têm sido os desafios vividos pelos motociclistas em suas corridas. Vinícius Silva Conceição coordena o grupo que já soma em torno de 70 membros. 

“A violência é o que está acontecendo ultimamente na nossa cidade e está prejudicando os motoboys. Estamos muito expostos aos crimes de hoje em dia, e está feio, então estamos recorrendo a isso aí para a gente ter mais cuidado”, disse.

Assaltos, insegurança e desrespeito no trânsito são alguns dos temas discutidos no encontro. 

Motociclistas de aplicativos
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Há dois anos, a Família 99 se une para tentar organizar as atividades do trabalho, com o objetivo de alertar os companheiros, principalmente os mais novos, realizar o mapeamento dos riscos e, realmente, tentar se proteger da violência. 

“Tem o nosso grupo de urgência, que justamente quando tiver algum suspeito de roubo ou algo do tipo, justamente para a gente já se comunicar e ficarmos atentos caso aconteça alguma coisa”, informou.

Edison Sena é novo na área, mas já está atento às demandas da profissão. Ele falou sobre a importância da união das motociclistas para fortalecer o trabalho da categoria. 

“Nosso objetivo, além de fazer a galera se aproximar, reconhecer os novatos e algumas regras do grupo, é também pedir para que todos tenham atenção quanto à segurança no transporte dos passageiros, e também pedir atenção a todos quanto à violência que está acontecendo na nossa cidade. Pedir um pouco de respeito à nossa classe, conscientização do pessoal a dar valor a nossos motoqueiros que estão no dia a dia, na batalha, na sua luta, carregando o passageiro com responsabilidade”, declarou. 

Outro motociclista do corpo, Genison Santos de Jesus, também está na batalha das corridas por aplicativo. Além dos perigos da insegurança, ele ressalta alguns cuidados imprescindíveis para quem trabalha nas ruas. 

“A gente sempre prioriza em primeiro lugar a saúde, porque tem muita gente que fica o dia todo no sol, não bebe água, não se alimenta. A partir daí, cada um em particular tem sua meta diária, de fazer 30, 40 corridas por dia, vai da mente de cada um. Mas a gente sempre troca as ideias no grupo para definir uma meta, bater uma meta e ir para casa, porque a gente sabe que a violência, o mundo está aí mal, e aí muitas das vezes fica querendo ganhar mais, mas vai até a noite e aí acontece um acidente, acontece um assalto, um roubo, então a gente prioriza isso, bateu a meta, cada um vai para casa”, pontuou. 

Motociclistas de aplicativos
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Segundo Genison, geralmente a meta por dia é fazer em torno de R$ 200 a R$ 250 reais. “A minha meta é 1.000 reais por dia, está bom demais”, brincou. Ele reforçou que, para bater a meta, depende da condição de cada um. 

“Tem gente que começa às 6h, às 9h que é o momento que baixa, vai em casa, toma um lanche, almoça e retorna, e quando dá 7h, que é o horário que o pico termina, vai para casa e finaliza. Já tem gente que tem o seu trabalho durante o dia e a noite rola também e vice-versa, é mais individual”, contou.

Os motociclistas também estão mais atentos nessa época de festa, de carnaval. Segundo Genison, o policiamento tende a cair.  

“O policiamento está fraco, a gente está redobrando essa segurança, a gente se policia para que a gente também não fique muito exposto, porque fora dessa época já é complicado, imagine dentro dessa época. Então, a gente tem priorizado ficar menos tempo na rua para se proteger de tudo”, finalizou. 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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