Feira de Santana

Moradores reclamam do lixo e da lama em bairros de Feira de Santana: "A gente não é caranguejo para andar na lama"

Seja por conta do lixo, buracos ou da lama, transitar por ruas dos bairros Queimadinha e Parque lagoa do Subaé tem se tornado um desafio.

Encontro da rua Caraúbas com a Avenida Periférica, bairro Parque Lagoa Subaé
Encontro da Rua Caraúbas com a Avenida Periférica, bairro Parque Lagoa Subaé | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Moradores do bairro Parque Lagoa Subaé, em Feira de Santana, reclamam da sujeira, lama e dos buracos no encontro da Rua Caraúbas com a Avenida Periférica. O morador Mário do Som contou como está difícil passar pelo local. “Não tem condições da gente transitar para trazer nossos filhos para o colégio, com essa buraqueira que se encontra aqui”, disse.

Mário é um representante comunitário local. Ele afirmou que a buraqueira na Rua Caraúbas é um problema conhecido pelo poder público municipal. “A pavimentação já foi solicitada há dois anos. A minha obrigação é chamar a imprensa. O prefeito Colbert tem conhecimento disso aqui, pois na última eleição eu chamei os comerciantes e mostrei a situação”, declarou Mário.

Encontro da rua Caraúbas com a Avenida Periférica, bairro Parque Lagoa Subaé
Encontro da Rua Caraúbas com a Avenida Periférica, bairro Parque Lagoa Subaé | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Para o motoboy Valdomiro Ferreira trafegar pelo local é um desafio. “De lá da entrada do atacadão não tem quem possa sair. É uma lama exagerada, eu nunca vi um negócio desse. Até para andar de moto tá difícil, a gente não é caranguejo para andar na lama não. O prefeito tem que dar um grau aqui, pelo amor de Deus”, finalizou o motoboy.

Encontro da rua Caraúbas com a Avenida Periférica, bairro Parque Lagoa Subaé
Encontro da rua Caraúbas com a Avenida Periférica, bairro Parque Lagoa Subaé | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Em outro ponto da cidade, moradores do bairro Queimadinha em Feira de Santana estão reclamando dos transtornos causados por um terreno baldio que fica no cruzamento da Rua Colatina com a Rua Teixeira de Freitas. Além da vegetação alta e o mau cheiro, o terreno está servindo como área para descarte de lixo, entulho e animais mortos.

Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha
Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Uma moradora que preferiu não ser identificada contou à reportagem do Acorda Cidade que há 40 anos mora na Rua Colatina e, que o terreno está abandonado há muitos anos. Ela descreveu como é difícil conviver no local.

Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha
Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Bicho morto, móveis, tudo é descarregado aí. Ratos, baratas, dengue, tudo de ruim este terreno tem causado a nós. Pessoas vêm fazer as necessidades físicas aqui e, a gente corre risco porque o mato está crescendo.” afirmou.

Outra moradora contou que além dos transtornos já citados, o local representa outro problema, o econômico. Ela tem um comércio próximo do terreno e o acúmulo de lixo acaba espantando a clientela. “Eu sou muito prejudicada, é animal morto, escorpião, rato, lixo, entulho. É tudo que o pessoal joga neste terreno”, contou.

Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha
Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A comerciante sinalizou que convive também com a insegurança que o local oferece, pois o mato alto pode servir como esconderijo. “Muitas pessoas entram no terreno e a gente não sabe o que andam fazendo aí dentro. Já fizemos várias denúncias e até agora ninguém apareceu”, finalizou a moradora.

Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha
Terreno baldio na rua Colatina, bairro Queimadinha | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Ao Acorda Cidade, a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) informou que o proprietário do terreno já é falecido e, mantém contato com os familiares, para que providências sejam tomadas. A Sesp também informou que diversas notificações e multas foram encaminhadas ainda nos anos de 2021 e 2022.

Ainda segundo o órgão, a prefeitura realiza limpeza do local, mas carroceiros sempre descarregam entulho na região.

O Acorda Cidade também solicitou um retorno da Superintendência de Obras e Manutenção do município de Feira de Santana (Soma).

Com informações dos repórteres do Acorda Cidade Ed Santos e Paulo José

Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Andréa Trindade

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