Andrea Trindade
Imagine ter que conviver diariamente com muita poeira entrando em sua residência, não poder estender roupas no varal, nem ficar com as janelas abertas e encontrar sempre mercadorias empoeiradas nos estabelecimentos comerciais. Tem sido assim a rotina de moradores das localidades Tapera no distrito de Jaíba, em Feira de Santana, e do Retiro em Coração de Maria.
A poeira é causada pelo serviço de terraplanagem para a obra de asfaltamento na rodovia estadual que liga as duas cidades. Eles afirmam que não são contra a obra e pedem solução para o problema da poeira, que pode ser resolvido, molhando mais o local.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Não suportando mais a situação, eles realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (7) para chamar atenção da empresa responsável pela obra. A presidente da Associação dos Moradores da Fazenda Retiro, Elisângela Mendes, disse ao Acorda Cidade que já conversou com representantes da empresa, para saber quando a obra vai finalizar e sobre o problema da poeira.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Não somos contra o asfalto, mas há seis meses eles começaram a obra e nunca terminam. Nós estamos sendo prejudicados com essa poeira, os comércios não estão aguentando mais. Nós precisamos transitar de moto ou de bicicleta e não conseguimos. Queremos saber da empresa quando vai finalizar a obra, por enquanto a gente só está vendo poeira. A gente não aguenta mais. Conversamos com representantes da empresa e eles disseram que estavam molhando depois que conversamos com eles, só que agora pararam. A desculpa é que o carro quebrou. A gente não é contra a obra, o que está nos prejudicando é a poeira”, afirmou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
A idosa de 66 anos, Terezinha de Araújo, também reclamou da situação. “A gente não pode estender uma roupa no varal porque ficam sujas com a poeira. As mercadorias do mercado estão todas sujas, ninguém está comprando por causa de tanta poeira. Muita caçamba rondando por aqui e não respeitam as pessoas, as crianças. Já estou vendo a hora de serem atropeladas. Está todo mundo gripado por causa da poeira”, disse.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
A moradora Lúcia Alves disse que também não aguenta mais. “Minha casa fica toda empoeirada, estou com minhas duas netas porque os pais trabalham e tenho que ficar com elas presas dentro de casa. É muita poeira, tudo sujo. Tem que trocar os lençóis todos os dias e a gente não aguenta mais.”
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade