Moradores e comerciantes da estrada que liga Feira a Retiro pedem conclusão da pavimentação: 'Não suportamos mais'

Atualizada em: 10h30

^{Laiane Cruz}

Moradores e comerciantes da BA-503, que liga Feira de Santana à localidade de Retiro, em Coração de Maria, se reuniram mais uma vez na manhã desta terça-feira (15) para protestar contra a paralisação das obras de pavimentação asfáltica da estrada.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Segundo eles, a previsão era que 18km da estrada fossem pavimentados, mas apenas 6 km foram feitos. As obras, que tiveram início em outubro de 2020 e pararam em outubro de 2021, foram fruto de uma emenda do senador Ângelo Coronel, por meio do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs). Agora, os moradores querem a conclusão da pavimentação da via.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Elizângela Neri, proprietária de um mercadinho no local, diz que a situação vem se arrastando há dois anos. Ela já não aguenta mais a poeira em seu estabelecimento. Os produtos ficam todos sujos, empoeirados, e os clientes evitam comprar no local. Até os galões de água ficam completamente cobertos de terra.

“Já são uns dois anos que estamos vivendo essa situação. Tenho um comércio aqui. Eles fizeram a terraplanagem, todo o preparo para colocar o asfalto e não colocaram. De Retiro para cá, eles só asfaltaram 6 km, então a gente vem sofrendo com a poeira. Eu estou a ponto de fechar meu comércio, porque as mercadorias ficam todas sujas, empoeiradas. Essa emenda é de Angelo Coronel, todos sabem que a verba veio, mas não sabemos o que aconteceu. A empresa que trabalhou foi embora, abandonou o serviço e até hoje estamos sofrendo”, reclamou a comerciante.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Elizângela disse que do jeito que está, os moradores pensam em novamente fechar a estrada. “Aqui rodam ônibus que fazem a estrada Retiro-Feira, e nós não estamos aguentando tanta poeira. A gente vem com uma roupa e tem que trocar. Também afeta os nossos pulmões, porque trabalhamos o dia todo. A gente pede pelo amor de Deus que tenham consciência”, disse.

Terezinha Neri de Araújo ajuda o filho a cuidar de um restaurante que fica na estrada e disse que a poeira está afugentando os clientes.